Quem é o ex-diretor da prefeitura de Goiânia procurado pela PF

Foragido há dois meses, ele também ocupou cargos comissionados na Secretaria de Educação do Tocantins

11/02/2025 05h17 - Atualizado há 4 semanas
Quem é o ex-diretor da prefeitura de Goiânia procurado pela PF
Quem é o ex-diretor da prefeitura de Goiânia procurado pela Polícia Federal (Foto: Reprodução)

Ítallo Moreira de Almeida, ex-diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia procurado pela Polícia Federal (PF) suspeito de participação em um esquema de fraudes e desvios de recursos públicos, também ocupou cargos comissionados na Secretaria de Educação do Tocantins. Ele está foragido há dois meses, desde que a PF deflagrou a Operação Overclean, em 10 de janeiro, com mandado de prisão, e o acusado não foi encontrado.

As investigações apontaram que Ítallo utilizou sua posição para favorecer empresas ligadas ao empresário Alex Parente, que seria o líder da organização criminosa. Em troca, ele teria recebido vantagens ilícitas, como transferências que somam, pelo menos, R$ 172,5 mil para contas indicadas por ele, com intermediários para ocultar a origem dos valores.

A PF reuniu provas que incluem trocas de mensagens entre Ítallo e Alex Parente, nas quais eram repassadas informações bancárias para a movimentação do dinheiro desviado. O ex-diretor apagava as mensagens logo após a confirmação do recebimento, o que dificultava o rastreamento das transações fraudulentas.

Sobre a Operação Overclean, ela investiga um esquema de corrupção que envolvia fraudes em licitações e superfaturamento de contratos públicos, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão. Os desvios ocorriam principalmente por meio de emendas parlamentares destinadas a obras e serviços públicos, beneficiando empresas ligadas ao grupo criminoso. Entre os principais alvos estão os empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, e José Marcos Moura, conhecido como “rei do lixo” na Bahia.

Habeas corpus negado em janeiro

O pedido de prisão preventiva de Ítallo foi aceito pela Justiça, e um habeas corpus para revogar a ordem foi negado pela desembargadora Danielle Maranhão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em 14 de janeiro. Já em 28 de janeiro, a Procuradoria Regional da República encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde será analisado pelo ministro Kassio Nunes Marques.

 


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