O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou, nesta terça-feira (11/2), com o rei da Jordânia, Abdullah 2º, na Casa Branca, em Washington. A reunião ocorreu um dia após Trump ameaçar cortar transferências bancárias ao país caso os líderes não aceitem a proposta de abrigar a população palestina atualmente em Gaza.
O rei se esquivou de perguntas jornalísticas sobre o plano do de Trump durante coletiva com o republicano. No entanto, fez uma publicação no X (antigo Twitter) contra a expulsão das pessoas na região. "Reiterei a posição firme da Jordânia contra o deslocamento dos palestinos em Gaza e na Cisjordânia. Esta é a posição unificada árabe. Reconstruir Gaza sem deslocar os palestinos e abordar a grave situação humanitária deve ser a prioridade para todos", escreveu Abdullah 2º, logo após a reunião com o norte-americano.
Na segunda (10/2), Trump ameaçou suspender a ajuda financeira à Jordânia, cerca de mais de U$ 1,5 bilhão por ano. O encontro entre os líderes também ocorreu diante da possibilidade do rompimento do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Ao lado de Abdullah 2º, o presidente ameaçou o Hamas que, caso não liberem todos os reféns até meio-dia de sábado (15/2), “tudo pode acontecer”.
"No que diz respeito a mim, se todos os reféns não forem devolvidos antes de sábado às 12h em ponto — acho que é uma hora apropriada — diria que o cancelem, não se admitem mais apostas e que se desate o inferno", disse Trump. O presidente afirmou que falaria com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o prazo.
Netanyahu alegou o rompimento do cessar-fogo caso o grupo terrorista não solte os prisioneiros até a data. As declarações foram proferidas após o anúncio de Hamas sobre o adiamento da soltura dos prisioneiros, alegando violações de Israel ao acordo de cessar-fogo.
Segundo a AFP, Abdullah 2º confirmou a Trump que receberia cerca de 2 mil crianças doentes de Gaza na Jordânia. Trump surpreendeu o mundo ao anunciar, na semana passada, uma proposta para que os Estados Unidos assumam "o controle" de Gaza a fim de reconstruir o território devastado pela guerra. O presidente visa tomar Gaza e expulsar a população do local permanentemente.
"Pessoalmente, não acredito que vão cumprir o prazo", afirmou Trump, de acordo com a AFP. "Acho que querem fazer pose de durões, mas veremos se realmente são durões. Não vai demorar muito quando você conhece os valentões. "