Nesta terça-feira (11), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu a visita técnica da equipe da Coordenação Distrital do Registro Hospitalar de Câncer, da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (ASCCAN), da Secretaria de Saúde. A data marca o início das visitas em unidades hospitalares em 2025.
O objetivo é acompanhar as ações do Registro Hospitalar de Câncer da rede pública de saúde do DF, conforme normas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), através da Portaria n.º 688/SAS/MS, de 28 de agosto de 2023 e normativa distrital (Portaria n.º 180 GAB/SES/DF, de 21 de março de 2019), que definem a implantação e regulamentam o funcionamento dos Registros de Câncer como ferramenta de vigilância de câncer no Distrito Federal.
“A visita técnica está prevista dentro do manual do INCA e nós fazemos o acompanhamento das equipes, trazendo também o perfil do que eles registraram para a melhoria desses dados dentro do hospital, para a gente poder atender esse paciente oncológico da melhor forma possível. Trazemos esses dados, informando e fazendo essa educação continuada, também, a importância desses dados do registro hospitalar para o acompanhamento desse paciente oncológico”, explica a coordenadora do Registro Hospitalar de Câncer da SES-DF, Patrícia Baia Lira.
Desta maneira, o INCA formaliza a entrada do novo sistema de Registro Hospitalar de Câncer, o RHCWeb, em 2025. Esse sistema permitirá uma maior agilidade nas rotinas de trabalho, na manutenção, incorporação de melhorias e segurança dos dados. As datas dos treinamentos para toda a equipe serão divulgadas posteriormente.
Durante a reunião, que teve a participação da Diretoria Clínica do HRSM, foi exposto o relatório de incompletude de variáveis dos registros e destacada a importância dos prontuários terem o máximo de informações possíveis sobre o paciente, pois isso é fundamental na hora de analisar os registros e criar políticas públicas voltadas para o tratamento do câncer.
Dentre as incompletudes mais comuns identificadas estão local de nascimento, raça/cor, escolaridade, ocupação, estado civil, história familiar de câncer, histórico de consumo de álcool e tabaco, entre outras.
“O nosso trabalho é com a qualificação desses dados, então a gente conseguiu elevar muito o número de registros hospitalares, o número de casos dentro de Brasília, inclusive, hoje nós somos referência nacional no registro hospitalar de câncer. Trabalhamos essa qualificação de dados, que é trazer mesmo para o hospital quais são as dificuldades que eles têm diante dessas variáveis, e é o que a gente demonstra na reunião para a gente conseguir melhorar e trazer números mais fidedignos ao registro hospitalar”, ressalta Patrícia.
“São informações simples, que precisam ser incorporadas nos prontuários. Pretendo traçar estratégias internas para mudar essa cultura e ter mais dados disponíveis para ajudar na hora de analisar os registros”, destaca o diretor clínico do HRSM, Thiago Martins Neves.
A coordenadora do Registro Hospitalar de Câncer do HRSM, Cleidiane Alves, considera essa visita técnica da ASCCAN no hospital de extrema importância. “É algo que alinha e consolida o trabalho feito com todo empenho do nosso setor. O diretor clínico tem autonomia de acessos e gestão sobre campos de busca ativa do Comitê do Registro Hospitalar de Câncer. Estou muito feliz com o crescimento do registro e com todo apoio da direção, clínica e gestores, estamos avançando. O trabalho em equipe faz isso, fortalece”, afirma.