A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o incêndio que atingiu uma loja de tecidos na cidade de Catalão em fevereiro deste ano. Segundo as investigações, Jader Bruno Braga Oliveira, filho do dono do estabelecimento, provocou as chamas para receber o seguro de R$ 2 milhões. O empresário e outros três investigados foram denunciados. Acácio Moisés Fernandes Neto, Geovane Pinheiro Araújo e Matheus Leandro Fernandes, intermediário do crime, participaram da ação e o último é o único que segue preso.
Matheus Leandro teria recebido R$ 20 mil pelo serviço e repassaria R$ 2,5 mil para os outros dois participantes. No entanto, ele foi preso após a polícia rastrear o celular usado pelo estabelecimento. A partir daí, ele levou os policiais até os outros dois integrantes que praticaram o crime. Câmeras de segurança da região mostram a dupla chegando em uma moto antes da ação.
Suspeitos passaram por audiência de custódia
Segundo o delegado responsável pelo caso, Pedro Manoel Democh, o empresário Jader Bruno contratou Mateus Leandro, Acácio e Geovane para colocarem fogo na loja na madrugada do dia 24 de fevereiro. Todos os investigados foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, incêndio e estelionato equiparado na modalidade fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro.
No dia 25 de fevereiro, os quatro suspeitos de envolvimento passaram por audiência de custódia e o juiz Breno Gustavo Gonçalves dos Santos determinou o pagamento de fiança e medidas cautelares. Jader Bruno, Matheus Leandro e Acácio Moisés tiveram que pagar dois salários mínimos para serem soltos. Enquanto isso, Geovane Pinheiro precisou pagar apenas um salário sob a justificativa de ser hipossuficiente.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 24 de fevereiro, um incêndio criminoso destruiu uma loja de tecidos na Avenida Dr.Lamartine Pinto de Avelar, em Catalão. Logo após o incidente, a Polícia Militar iniciou as investigações e conseguiu prender quatro envolvidos, incluindo o proprietário do estabelecimento, que teria sido o mandante do crime.
Conforme as investigações avançaram, a polícia descobriu que o próprio dono do estabelecimento, um homem de 25 anos, teria encomendado o crime. Para isso, ele teria oferecido R$ 20 mil aos incendiários, pois seu objetivo era acionar o seguro do local, avaliado em aproximadamente R$ 2 milhões.