Corrente-PI: SOS Água

Foto: Redes Sociais.

A cidade de Corrente, no extremo sul do Piauí, vive uma situação crítica de abastecimento de água. Já são cinco dias consecutivos sem uma gota nas torneiras, e a população, cansada do descaso, clama por socorro imediato das autoridades competentes. A falta de água tem afetado diretamente a qualidade de vida dos moradores, interferindo nas atividades mais básicas do cotidiano, como cozinhar, tomar banho e higienizar suas casas.

Em vez de soluções paliativas, como o fornecimento de água por carros-pipa ou a chamada "lama potável" que costuma escorrer pelas torneiras quando o abastecimento volta, os moradores pedem medidas definitivas. Uma das sugestões mais recorrentes é a implantação de poços artesianos comunitários, que poderiam garantir um fornecimento mais estável e confiável para diversos bairros da cidade.

A crítica à AGESPISA, responsável pelo fornecimento de água no município, é forte. Muitos denunciam a má qualidade da água, quando ela aparece, e a constante falta de manutenção na rede de distribuição. A empresa tem sido alvo de protestos, e a população exige explicações, além de ações imediatas para sanar o problema que já perdura há anos.

A indignação cresce a cada dia e atinge também o prefeito Filemon Paranaguá, além de deputados estaduais e federais da região, que tem sido cobrados pela omissão diante da crise. A comunidade local exige uma atuação mais firme por parte do poder público, com projetos reais que contemplem a perfuração de poços e a modernização do sistema de abastecimento.

A situação também reacende o debate sobre a gestão da água como um bem público e essencial à vida. Em pleno século XXI, é inaceitável que uma cidade inteira passe dias sem acesso a esse recurso básico. Além dos problemas de saúde pública, a escassez prejudica a economia local e agrava a vulnerabilidade social de famílias mais carentes.

A comunidade tem se mobilizado por meio das redes sociais, grupos de WhatsApp e abaixo-assinados virtuais, pressionando os representantes eleitos a darem uma resposta urgente à situação. A indignação coletiva é palpável, e muitos moradores afirmam que não aceitarão mais promessas vazias ou soluções temporárias.

“Queremos água de verdade, não lama nas torneiras. Não é pedir demais. É um direito”, disse uma moradora de Corrente. O recado está dado, e a população de Corrente deixa um aviso claro: ano que vem tem eleição majoritária, e quem não estiver ao lado do povo agora, dificilmente terá seu voto garantido nas urnas.

Confiram algumas fotos da manifestação.

Em tempos em que se discute sustentabilidade e acesso igualitário a recursos naturais, Corrente-PI dá um grito por dignidade. É hora de ouvir esse grito e agir com responsabilidade e urgência. A água é vida, e o povo de Corrente não pode mais esperar.