Damares sugere que Alexandre de Moraes faça exame de sanidade mental

Senadora fez a declaração durante audiência com Glenn Greenwald na Comissão de Segurança Pública

03/05/2025 07h37 - Atualizado há 22 horas
Damares sugere que Alexandre de Moraes faça exame de sanidade mental
Damares e Alexandre de Moraes - (crédito: Agência Senado / Rosinei Coutinho/STF)

Durante sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado, realizada nesta quarta-feira (30/4), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) causou polêmica ao sugerir que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja submetido a um exame de sanidade mental.

A fala ocorreu em audiência com o jornalista Glenn Greenwald, que prestou esclarecimentos sobre os áudios vazados da chamada “Vaza Toga”, em que integrantes do Judiciário supostamente demonstrariam alinhamento ideológico na condução de inquéritos. Damares usou as redes sociais para comentar a participação no debate

“Hoje, a Comissão de Segurança Pública do Senado ouviu o jornalista Glenn Greenwald sobre os áudios que demonstraram atuação direcionada de Alexandre de Moraes e seus juízes na condução dos inquéritos, lembram disso? Ouvi tantos absurdos que levantei essa questão. Alguém consegue explicar de alguma outra forma tanto ódio e tanto revanchismo? Ele pode estar com mania de perseguição. Seria isso algum distúrbio?”, escreveu a senadora.

Em fala durante a comissão, Damares foi ainda mais incisiva. “Eu acho que ninguém nunca pediu um exame de insanidade mental, e é possível na legislação brasileira se pedir um exame de insanidade mental da autoridade. Esse homem pode colocar em risco a segurança pública de uma nação, então eu acho que nós vamos ter que começar a pensar, talvez não seja de caráter, talvez ele esteja com complexo de perseguição, isso é doença mental, e nós vamos ter que tomar uma atitude também. Eu quero pensar depois sobre isso”, afirmou.

Alexandre de Moraes, que integra o STF desde 2017 por indicação do ex-presidente Michel Temer (MDB), tem sido alvo frequente de críticas da base bolsonarista pela atuação em processos envolvendo milícias digitais e atos antidemocráticos. A oposição acusa o ministro de agir com parcialidade e de perseguir adversários políticos, especialmente apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro nega as acusações e costuma receber apoio dos colegas de Supremo nas decisões colegiadas.


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