Cidade do interior dos EUA vive 'guerra civil' após casa de swing ser aberta a poucos metros de igreja evangélica

Caso aconteceu em Terryville, município de 5 mil habitantes no estado de Connecticut, e foi parar na Justiça

03/05/2025 07h44 - Atualizado há 20 horas
Cidade do interior dos EUA vive guerra civil após casa de swing ser aberta a poucos metros de igreja evangélica
— Foto: Captura de tela / Google Maps

À esquerda, a igreja evangélica que compartilha estacionamento e divisa de propriedade com a casa de swing (à direita), localizada acima de uma clínica de atenção primária.

Uma pequena cidade americana quase foi palco de uma espécie de guerra civil depois de uma casa de swing ser inaugurada a poucos metros de uma igreja evangélica. Terryville, no estado de Connecticut, tem aproximadamente 5 mil habitantes, muitos deles membros da Igreja Batista Riverside.

O mal-estar entre os moradores começou em novembro do ano passado, quando o Wicked Fun Club foi inaugurado no andar de cima de uma clínica de atenção primária à saúde. Segundo o tabloide britânico Daily Mail, cerca de 100 pessoas compareceram a uma reunião do Conselho de Zoneamento do município nesta terça-feira para pedir o fechamento da casa noturna.

As autoridades de Terryville, afirma o Mail, alegam que a atividade desrespeitou as normas de zoneamento locais, que impedem a abertura de estabelecimentos de "uso adulto" a menos de 300 metros de igrejas.

Em março, o proprietário do clube, Steve Gagne, recebeu uma ordem para fechar o negócio. O dono do Wicked Fun Club, no entanto, não aceitou a exigência e recorreu da decisão.

— Temos pessoas bem vestidas, profissionais que vêm ao nosso clube, socializam e se divertem. São apenas adultos conscientes se divertindo sem fazer nada de errado. Deixem-nos em paz e seremos os bons vizinhos que sempre fomos — declarou Gane em entrevista ao canal de notícias NBC Connecticut.

— Ele decidiu se mudar para a mesma área em que fica a igreja. E, embora o cidadão comum possa se deixar enganar por meias verdades, seria uma vergonha para qualquer um de nós aqui se fizermos o mesmo depois de ouvir a verdade — rebateu Matt Marcel, membro da igreja.

Apesar dos esforços, até o momento, o proprietário precisará fechar as portas do estabelecimento. De acordo com o Mail, Steve planeja processar a cidade por conta da decisão. A esperança do empresário é que o juiz do caso suspenda o parecer e permita que o estabelecimento siga funcionando enquanto o processo tramita na Justiça.

— Vote contra a gente e nós reagiremos, assim como qualquer cidadão, empresa ou grupo faria ao enfrentar retaliações e ameaças ilegais — assegurou o empresário em uma reunião coletiva.


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