A Índia afirmou ter realizado "ataques de precisão contra acampamentos terroristas" dentro do Paquistão e na parte da Caxemira controlada pelo país
Após bombardeios da Índia contra o Paquistão e uma troca de disparos de artilharia na região da Caxemira, 26 pessoas morreram do lado paquistanês e 12 do lado indiano. Em meio à violência, o Comitê de Segurança Nacional do Paquistão pediu à comunidade internacional que reconheça "a gravidade das ações ilegais e injustificáveis da Índia e a responsabilize" pela violação do direito internacional.
Ainda nesse sentido, o governo paquistanês afirmou que derrubou cinco aviões de combate da Índia e denunciou as mortes de 26 civis, incluindo duas crianças, no bombardeio indiano. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento do ataque.
Já a Índia anunciou a destruição de "nove acampamentos terroristas" em território paquistanês e informou que pelo menos 12 pessoas morreram e 38 ficaram feridas na localidade indiana de Poonch após os disparos da artilharia paquistanesa.
O conflito aumentou após um atentado em 22 de abril na parte indiana da Caxemira que provocou 26 mortos. O governo da Índia responsabiliza o Paquistão, mas o país nega.
A Caxemira é uma região de maioria muçulmana dividida entre a Índia e o Paquistão, e é disputada pelos dois países desde que se tornaram independentes do Reino Unido em 1947.
Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que "o mundo não pode permitir um confronto militar entre Índia e Paquistão".