Procuradores, convencidos de que o ministro não se conformará com a decisão do Juiz Marcelo Bretas, e voltará a beneficiar o amigo Jacob Barata, pediram a sua suspeição e afastamento do caso. Juntaram documentos irrefutáveis da tremenda festa do casamento da filha do presidente da Fetranspor, da qual o ministro foi padrinho.
Competente, responsável, corajoso, brilhante e cumprindo o seu dever, o MPF merece louvores e parabéns. Mas a suspeição dele é tão grande, a irresponsabilidade vem de tão de tão longe, a parcialidade de Gilmar se acumula em dezenas de casos, que atinge a credibilidade do próprio judiciário.
E de forma inédita, ele ocupa cargos e posições em tribunais altíssimos, como o TSE e o STF. Sua desfaçatez ultrapassou todos os limites da compreensão e de qualquer suspeição isolada. Devia sofrer o impeachment, só que muitos irão considerar exagero, que pode atingi-los mais tarde. Poderiam então partir para uma solução, que foi usada rapidamente há 8 anos, mas que é benigna de mais para um criminoso como GILMAR.
Um grupo de advogados do RGS (o ministro era gaúcho), com apoios importantes do Rio e Brasília, fez acordo. Em vez do impeachment, mais polêmico e demorado, aposentadoria voluntária. Estava com 59 anos, concordou. Ainda conseguiu ser Ministro de Estado.
Essa solução para Gilmar seria uma generosidade inacreditável. Mas ver o TSE e o STF, livre da presença desse irresponsável, seria uma dádiva de Deus. Mas tem que ser imediata, o risco seria de uma cumplicidade generalizada.
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