Foram destruídas uma grande quantidade de maquinários pesados, como retroescavadeiras, balsas, dragas e estruturas de apoio utilizadas pelos criminosos
A Operação de Desintrusão da Terra Indígena (TI) Kayapó, coordenada pela Casa Civil e pelo Ministério dos Povos Indígenas, intensificou, nas duas primeiras semanas do mês de maio, o combate ao garimpo ilegal na Amazônia. O prejuízo dos criminosos supera os R$ 12 milhões.
Apenas entre os dias 5 e 11, as ações de defesa aos povos originários e da floresta amazônica resultaram em um prejuízo aos garimpeiros de R$ 10,6 milhões; na semana anterior, o valor foi de R$ 1,4 milhão. Até o momento, segundo o governo, foram destruídas grandes quantidades de maquinários pesados, como retroescavadeiras, balsas, dragas e estruturas de apoio utilizadas pelos criminosos.
“As ações se concentraram nas regiões mais críticas da Terra Indígena Kayapó, como os garimpos Rio Branco, Maria Bonita, Pista Branca, Cumaruzinho, Tarzan e Santili. Foram inutilizados também bares, prostíbulos, depósitos de suprimentos, oficinas e alojamentos clandestinos montados no interior da terra indígena”, informou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal.
Além dos coordenadores da operação, outros 20 órgãos federais, como Polícia Federal, Ibama e Funai, participam das ações de repressão ao garimpo ilegal. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), vinculado ao Ministério da Defesa, presta apoio de inteligência e operacional na definição de rotas e alvos, e o Ibama fornece transporte aéreo para deslocamentos rápidos e operações em áreas de difícil acesso.
A Secom destacou que o monitoramento federal indica uma rápida mobilização de invasores diante da presença ostensiva do Estado. “A destruição da infraestrutura criminosa e a retirada dos garimpeiros representam a retomada do território pelos povos indígenas”, disse.
“As ações seguem amparadas pela decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 709, reafirmando o compromisso do Governo Federal com a soberania indígena e o combate efetivo ao crime na Amazônia”, completou a pasta.