A Prefeitura de Goiânia vai destinar R$ 2 milhões para o pagamento de cachês artísticos no 22º Grande Arraiá de Goiânia, que será realizado entre os dias 18 e 29 de junho no Centro Cultural Oscar Niemeyer. A informação foi publicada nesta sexta-feira (6) pelo jornal O Popular. A despesa foi aprovada pelo Comitê de Controle de Gastos do Paço e, segundo a gestão, o valor vem de nova devolução de duodécimo da Câmara Municipal, autorizada pelo presidente Romário Policarpo (PRD).
A decisão ocorre em meio à polêmica sobre os gastos com a Pecuária de Goiânia, que somaram R$ 8 milhões em shows e motivaram questionamentos do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O órgão aguarda explicações da Prefeitura sobre a origem dos recursos utilizados, já que o município está sob decreto de calamidade financeira prorrogado até o fim de 2025. A Prefeitura pediu mais 15 dias úteis para detalhar os gastos.
Nesta sexta-feira, a promotora Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria, reforçou recomendação à Assembleia Legislativa para que os deputados votem contra a prorrogação do decreto. De acordo com ela, falta transparência sobre a origem dos recursos usados nos eventos.
A Prefeitura de Goiânia havia prometido que os shows da Pecuária seriam pagos com emendas parlamentares e R$ 2 milhões da Câmara, mas ainda não confirmou a entrada de verbas federais ou estaduais.
Entre as atrações do Grande Arraiá de Goiânia estão Falamansa, Léo Magalhães, Banda Rastapé, Lucas Netto e Rio Negro e Solimões. O evento terá ingressos gratuitos e contará com parceria do governo estadual, da Alego e da Câmara.
Enquanto isso, o Portal da Transparência mostra que R$ 3,75 milhões já foram pagos aos artistas da Pecuária da capital que ocorreu no mês passado, mas a Prefeitura de Goiânia não detalhou integralmente a fonte dos recursos. A Secretaria de Comunicação afirmou ao Jornal Popular que só apresentará o quadro completo após os pagamentos. O MP havia dado cinco dias para a prestação de contas.
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