Cadela é agredida em pet shop de Aparecida e tutores cobram justiça: “É inadmissível”

O estabelecimento lamentou o ocorrido e disse que vai colaborar com as apurações

12/06/2025 07h50 - Atualizado há 1 dia
Cadela é agredida em pet shop de Aparecida e tutores cobram justiça: “É inadmissível”
Reprodução

Uma cadela da raça shih-tzu chamada Sophia foi agredida dentro de um pet shop localizado em Aparecida de Goiânia (veja vídeo no final da matéria). O caso aconteceu no final de semana e ganhou repercussão nas redes sociais na terça-feira (10/6). A Polícia Civil investiga o ocorrido. Os tutores do animal pedem Justiça. O estabelecimento lamentou o ocorrido e disse que vai colaborar com as apurações, além de prestar o suporte necessário à cadela.

Marlene de Araújo Costa, uma das tutoras de Sophia, disse que as duas cadelas da família frequentavam a clínica e pet shop em questão há cerca de 1 ano e meio. A agressão só veio à tona após a cadela apresentar sinais de sofrimento e apatia. A mulher exigiu imagens de câmeras de segurança e constatou que o animal foi agredido.

Marlene narrou que os filhos levaram Sophia e a outra cadela da família, Noa, ao pet shop por volta das 9h da manhã do último sábado (7/6). “Elas sempre tomavam banho juntas. O mesmo rapaz dava banho nelas há mais de um ano e meio”, contou. No momento de colocá-la na gaiola, Sophia teria resistido. “Ela freou, não queria entrar. Ficou latindo.”

A família começou a estranhar a demora no término do serviço. “Ligamos às 12h para ver se estava pronto. Depois, às 13h30, ligamos de novo. Foi só às 14h que a veterinária ligou dizendo que a cachorra havia sofrido uma lesão no olho”, afirmou Marlene. A filha correu para a clínica, onde foi informada de que um equipamento teria, “sem querer”, atingido o olho do animal. Segundo a mulher, a veterinária se comprometeu a arcar com os custos e minimizou a gravidade.

Mas ao chegar em casa, Sophia apresentava sinais mais sérios. “Ela não levantava, não comia, estava prostrada, com hematomas, muito machucada na região do pescoço. Ela é muito esperta, mas não estava nada bem”, relatou a tutora.

Preocupados, os tutores pediram acesso às imagens das câmeras de segurança do local. Inicialmente, o pet shop se recusou a entregar os vídeos, alegando que o responsável estava em um retiro espiritual. Apenas na segunda-feira, em uma reunião presencial, o dono admitiu a agressão. “Ele disse que não tinha boas notícia, que o funcionário tinha agredido a Sophia”.

Ainda segundo Marlene, o dono do pet shop pediu desculpas, mas tentou isentar-se da responsabilidade, dizendo que a culpa era apenas do funcionário. “Ele disse que não mandaria os vídeos porque as imagens eram muito fortes. Fiquei em choque.”

A família registrou um boletim de ocorrência no 7º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia. O funcionário responsável pelo banho já foi identificado e mora no mesmo setor da família. A polícia deverá ouvi-lo nos próximos dias.

“Nós confiávamos na clínica. Sempre levamos elas lá. São nossas filhas. Criamos com amor e carinho, nunca levantamos a mão para elas”, desabafou Marlene. “É inadmissível. Não se faz isso com o pior inimigo, imagine com uma cadelinha indefesa.” A família agora pretende entrar com uma ação cível por danos morais e espera que a Justiça seja feita. “Se ele não pagar pelo que fez, pode fazer com outros animais. A Justiça precisa agir. Ele não pode sair impune.”

O outro lado

Em nota, a clínica Amigo Pet afirmou que o profissional suspeito das agressões era freelancer, que prestava serviço somente naquele dia. “Assim que soubemos do ocorrido, tomamos todas as providências cabíveis […] registramos boletim de ocorrência contra o agressor e continuamos prestando apoio contínuo à família tutora”. Ainda segundo o texto, o profissional não faz parte do quadro fixo de funcionários da empresa. “Nossa equipe está abalada e pedimos à comunidade que não generalize ou rotule injustamente nossos colaboradores”.

 


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