Cristina Kirchner pede prisão domiciliar sem o uso de tornozeleira

A defesa da ex-presidente ainda solicitou que ela possa usar as redes sociais. Kirchner foi condenada a 6 anos de prisão

12/06/2025 08h00 - Atualizado há 1 dia
Cristina Kirchner pede prisão domiciliar sem o uso de tornozeleira
Ignacio Amiconi/Getty Images

A defesa da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner pediu ao presidente da 2ª Vara Federal de Ocorrência Oral, Jorge Gorini, que a ex-presidente cumpra a pena de 6 anos em prisão domiciliar no apartamento no bairro Constitución, em Buenos Aires, onde mora.

O pedido de Alberto Beraldi, advogado de Kirchner, foi feito após o juiz dar cinco dias úteis para que a ex-presidente se apresente. Fazendo com que o pedido anterior do promotor Diego Luciani por uma prisão “imediata” ficasse “abstrato”.

“Preparamos um documento detalhando as razões pelas quais Cristina Kirchner só pode cumprir essa pena injusta em casa. É por isso que pedimos prisão domiciliar ou detenção, o tipo que é dado a pessoas com mais de 70 anos. Cristina tem 72 anos”, disse Alberto Beraldi ontem à noite na C5N.

Ele acrescentou que uma série de circunstâncias especiais justificam a prisão domiciliar, como a presença de sua guarda, dada a sua condição de ex-presidente.

“Isso não é um privilégio, é uma imposição imposta pelo Estado para proteger pessoas que exerceram o papel de presidente da nação”, disse o advogado.

Fontes do jornal La Nacíon apontam ser possível que a ex-presidente cumpra prisão domiciliar em Constitución. “Não há indícios de fuga “, disse uma fonte do tribunal que julgou Cristina. Também é provável que ela possa permanecer sem a tornozeleira eletrônica .

Ainda não é descartada a ideia de permitirem que a ex-presidente dê entrevistas e use suas contas de mídia social, e está previsto que a segurança da ex-presidente fique a cargo de seu segurança, conforme ela solicitou.

A Suprema Corte da Argentina confirmou a condenação a seis anos de prisão da ex-presidente Cristina Kirchner, acusada de corrupção. A decisão, que também impede a política de ocupar cargos públicos, foi divulgada nessa terça-feira (10/6).


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