Muitas vezes, somos levados por aparências, palavras doces e gestos calculados, sem perceber o que realmente se esconde por trás das intenções. A realidade, porém, sempre encontra uma forma de se revelar, mesmo que demore. A verdade não depende do que se diz ou do que se mostra superficialmente, mas da essência dos fatos e das atitudes que resistem ao tempo e à observação atenta.
Vivemos cercados por pessoas de diferentes naturezas e propósitos. Em nosso convívio diário, há aqueles que se aproximam com a alma leve e o coração sincero, prontos para estender a mão e oferecer apoio verdadeiro, sem esperar nada em troca. Esses laços são raros e preciosos, pois se baseiam em valores como lealdade, empatia e compaixão. São amizades que florescem com o tempo e se fortalecem diante das adversidades, revelando a beleza da conexão humana autêntica.
Por outro lado, nem todos que se aproximam o fazem com boas intenções. Há aqueles que escondem interesses egoístas por trás de um sorriso amistoso, que veem nos outros apenas oportunidades de ganho, influência ou benefício próprio. Esses vínculos são frágeis e perigosos, pois se sustentam na falsidade e na manipulação. A presença dessas pessoas exige de nós vigilância, discernimento e, sobretudo, confiança em nossa intuição para reconhecer quando algo não está em harmonia com a verdade.
Diante disso, é essencial aprender a olhar além das aparências e cultivar a capacidade de perceber a essência das pessoas e das situações. A verdade não é barulhenta nem imediata; ela se revela aos poucos, através de gestos consistentes, coerência entre palavras e ações, e pela ausência de máscaras. Em um mundo onde tantas coisas são encenadas, a verdade se torna um bem raro, mas indispensável para uma vida mais íntegra, consciente e justa.
*Vital Furtado
Jornalista e Radialista aposentado.
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