Mais de 60 anos separam o casal mais jovem do mais experiente entre os participantes da segunda edição do Casamento Comunitário 2025, mas o sonho é o mesmo: oficializar a união com a pessoa amada. Manoel José de Souza, 85 anos, e Maria Ivonete Castro, 65, estão juntos há 45 anos, mas nunca se casaram no civil. “É um sonho que eu tenho desde menina”, diz a mulher. Já Sidney dos Santos Dias, 19, e Eduarda Rodrigues, 18, namoram há três anos e decidiram antecipar o que imaginavam ser um plano para o futuro. “Não queremos nos casar tarde para não perder a magia”, define o rapaz.
Em 29 de junho, os dois casais terão a oportunidade de se tornarem marido e mulher perante a lei e diante de autoridades, familiares e amigos em uma cerimônia totalmente gratuita promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), na Concha Acústica – espaço inédito no programa que já realizou casamentos no Museu Nacional da República e no Pontão do Lago Sul. “O Casamento Comunitário é uma oportunidade de celebrar o amor com dignidade e igualdade. Queremos reforçar o sentido de união e pertencimento”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
Entre os mais novos a firmarem o compromisso no Casamento Comunitário, Sidney e Eduarda simbolizam o entusiasmo do amor juvenil. Os dois se conheceram nos corredores da escola em que fizeram o ensino médio, em Arapoanga. O namoro começou aos 16 anos, quando passaram a estudar na mesma sala. Foram os interesses em comum que os aproximaram: a aptidão pelo desenho, o gosto pelo cosplay e a curiosidade pela cultura japonesa.
“No primeiro dia em que o vi na escola, eu já gostei dele. Eu ficava o observando pelos corredores para ver se dava alguma coisa. Mas foi quando a gente caiu na mesma sala e começamos a estudar junto que a gente se aproximou e se apaixonou, porque nós dois somos artistas, gostamos de desenhar, essas coisas”, lembra Eduarda.
Mesmo jovens, os dois já pensavam em casar-se. Mas imaginavam que esse seria um sonho distante, para quando tivessem por volta dos 30 anos. Até que se depararam com um anúncio do programa da Sejus-DF nas redes sociais. Incentivamos pela mãe da Eduarda, os dois juntaram os documentos e fizeram a inscrição no Itapoã. “A nossa expectativa é muito alta. Já estamos fazendo planos. Vamos casar primeiro e depois vamos correr atrás de oportunidades de emprego para podermos morar juntos”, conta Sidney.
Para Manoel e Maria Ivonete, o casamento civil vai consolidar uma trajetória de companheirismo que inclui quatro filhos, 15 netos e dois bisnetos. “Agora vou poder esfregar na cara de todo mundo a certidão de casamento”, afirma a mulher. “Estou realizando um sonho que pensei que nunca viveria. Deus está me dando essa oportunidade única”, acrescenta o homem.
Casamento Comunitário
O Programa Casamento Comunitário foi instituído pelo Decreto nº 41.971/2021 e teve sua primeira edição em 2020. Desde então, já beneficiou 541 casais com a oficialização gratuita da união. Em 2025, a primeira edição ocorreu em 23 de março, reunindo 100 casais. Além da próxima cerimônia, em 29 de junho, estão previstas outras duas edições até o fim do ano: 31 de agosto e 7 de dezembro, cada uma também com 100 casais.
Além da isenção das taxas cartoriais, os participantes recebem diversos apoios para o grande dia: transporte, trajes completos, maquiagem e produção de cabelo para as noivas, além de registro fotográfico profissional, tudo viabilizado por meio de parcerias privadas e voluntárias.
Para saber mais sobre o programa, consultar o passo a passo para inscrição e a lista de entidades parceiras, acesse este link.
https://www.sejus.df.gov.br/w/casamento-comunitario-em-2025