07/09/2017 às 07h27min - Atualizada em 07/09/2017 às 07h27min

Fux defende prisão de Joesley para esclarecer pontos da delação

O empresário Joesley Batista, dono da J&F (conglomerado que tem entre suas marcas a Friboi) deve ser preso. O ideal seria que ele trocasse o auto-exílio nos Estados Unidos para passar uma temporada na Papuda (Penitenciaria de Brasília). Com a prisão, as delações que Joesley e ex-executivos do grupo fizeram à Lava Jato, poderiam ser esclarecidas.

A tese foi defendida nesta quarta-feira, 6, pelo ministro Luiz Fux, na abertura da sessão do Supremo Tribunal Federal. Outro que deve tomar o mesmo rumo, enfatizou Fux, é o diretor de Relações Institucionais da empresa, Ricardo Saud.
 

Fux mostrou-se indignado com os últimos acontecimentos políticos. Segundo ele, os delatores Joesley e Saud “ludibriaram” a Procuradoria Geral da República (PGR). A título de registro, vale lembrar que na segunda-feira, 4, Rodrigo Janot, determinou abertura de investigação para apurar se esses delatores omitiram informações dos investigadores nos depoimentos da delação premiada.

Na dependência do que acontecer com as investigações determinadas por Janot, os benefícios concedidos aos executivos da J&F poderão ser anulados, entre os quais a imunidade penal, que impede qualquer processo criminal contra eles.

A temperatura política subiu em Brasília com a revelação de um áudio aparentemente gravado por descuido, que foi entregue na semana passada à PGR. Na conversa Joesley e Saud sinalizam com a possibilidade de gravar o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para que ele entregasse ministros do Supremo.


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