Um adolescente de 17 anos foi o responsável por matar o garçom Jeovane Alves dos Santos, de 24, segundo a Polícia Civil. O latrocínio (roubo seguido de morte) ocorreu no dia 4 de novembro, em uma parada de ônibus da 108 Sul. As investigações ficaram por conta da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
De acordo com o apurado, o menor estava acompanhado por Paulo Henrique Silva dos Santos, de 26 anos. Eles usaram um Cadete vermelho para dar suporte ao crime. A vítima havia acabado de sair do trabalho, o restaurante Haná, na 408, e aguardava um ônibus para voltar para casa.
Naquele momento, por volta da 0h, Jeovane foi abordado pelo adolescente e questionado se o coletivo para Santa Maria já havia passado. Em seguida, o menor anunciou o assalto e partiu para cima da vítima, que reagiu e foi baleada com dois tiros no abdômen.
Jeovane foi encontrado na escadaria do metrô da 108 Sul, pois teria corrido para tentar se livrar dos disparos. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital de Base, mas perdeu muito sangue e foi reanimado três vezes, contudo, não resistiu.
Jeovane era casado com a jovem Stephany Alves da Silva, de 22 anos. Eles estavam juntos há quatro, e tinham dois filhos – o mais velho de um ano e meio e o mais novo com apenas três meses de vida. O homem teve a vida ceifada em um momento que a esposa enfrentava o desemprego.
Carro ajudou na investigação
Segundo o delegado João de Ataliba Neto, imagens de câmeras de segurança, que mostram um Cadete vermelho, ajudaram os investigadores a chegar ao suspeito. Primeiro foi localizado o dono do carro. O homem havia vendido o veículo para Paulo Henrique, mas não havia feito a transferência de nome na documentação. Durante a negociação de compra e venda, segundo o delegado, Paulo estava armado e ameaçou o vendedor caso o automóvel apresentasse algum problema.
A polícia chegou até Paulo a partir de informações passadas pelo vendedor. Alguns dias depois da compra, o acusado praticou o crime. Após o latrocínio, para dificultar as investigações, Paulo Henrique ligou repentinamente para o vendedor afirmando que o veículo havia sido roubado. Apesar disso, o criminoso recusou a possibilidade de registrar Boletim de Ocorrência.
Os policiais encontraram Paulo Henrique em casa, em Santa Maria, na hora do almoço. No momento da abordagem, ele repetiu a história de que havia sido roubado, mas não convenceu os policiais. Em seguida, o suspeito confessou o crime e admitiu que o carro estava escondido na casa de um amigo. A arma não foi encontrada.
Adolescente
O menor apontado como responsável por atirar em Jeovane foi apreendido em Santa Maria e está sob a responsabilidade da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).