Um exemplo de garra, superação e amor ao próximo. Uma ex-faxineira de São Julião, no Piauí se tornou professora e virou referência pelo trabalho educacional voluntário que realiza com crianças carentes da comunidade Sol Nascente, umas das maiores favelas do Brasil.
Ao chegar do Piauí, seu primeiro emprego na capital federal não foi como professora, mas como gari.
Depois disso, virou diarista, fazendo faxina em cemitérios. Ela conta que fazia bico lavando cada túmulo por R$ 1.
A escola pública que Margarida ajudou a construir é o único sinal da presença do Estado no local. Ela dá aulas e recebe pouco mais de R$ 500. Além de trabalhar na escola, Margarida construiu no quintal de sua casa uma escolinha de reforço, para ajudar as crianças que repetiam de ano escolar. O local, que não tem ajuda do governo, atende diversas crianças da comunidade, os alunos têm ajuda nas matérias e recebem lanche.
“Todo mundo é capaz por igual, só que cada um tem o seu tempo, eu aprendo de uma maneira, você aprende de outra, o conhecimento do mundo está em toda a parte.”, disse Margarida