Bom dia. Há um ano, inauguramos o Aterro Sanitário de Brasília, foi uma etapa fundamental para que, a partir de agora, Brasília possa receber os seus resíduos, tratando-os de forma adequada, protegendo o meio ambiente e também do ponto de vista social. Em seguida, e desde o início do nosso governo, abrimos diálogo com os catadores de material reciclável e com um conjunto da sociedade. Enquanto construímos galpões e ampliamos nossos galpões, que serão os centros de triagem, nós alugamos novos galpões com todos os equipamentos necessários para que os catadores pudessem trabalhar de forma digna, com esteiras, empilhadeiras, containers, prensas. Em seguida, discutimos com esses catadores uma remuneração justa, adequada e que valorize o trabalho desses catadores, e chegamos à conclusão de que o valor adequado para isso era de R$ 300 por tonelada de resíduo. Isso vai fazer com que a partir de hoje esses catadores que vão parar de trabalhar aqui no lixão receberão R$ 300 por tonelada de resíduo separado, mas o valor dessa tonelada vendida à iniciativa privada e mais R$ 360de uma bolsa de compensação financeira por seis meses para fazer essa transição.
Hoje nós já temos 22 cooperativas contratadas em 28 contratos de triagem e de coleta seletiva. Hoje, 15 cidades do Distrito Federal têm a sua coleta seletiva feita por 11 cooperativas de catadores de material reciclável. É por isso que nós podemos, hoje, estar aqui fechando o lixão da Estrutural em paz, porque nós investimos nesse ambiente de diálogo, talvez, seja esse o melhor exemplo para todo o Brasil de como desativar um lixão, num ambiente de paz com os catadores de material reciclável.
Eu sempre disse que no nosso governo não seriam tratados com paternalismo, seriam tratados com respeito, como merecem. E foi no diálogo com eles que decidimos aumentar o valor pago pela tonelada de resíduo separado, anteriormente proposta de R$ 92 e aumentada para R$ 300, para garantir a valorização dessa profissão tão importante do ponto de vista ambiental que é a profissão de catador de material reciclável.
Tenho certeza que a partir de hoje nós, brasilienses, teremos mais um motivo para nos orgulhar, porque estamos pagando uma dívida com o passado e ingressando no futuro ao fechar o lixão da Estrutural e o fazendo incorporando os catadores no processo produtivo. Nós conclamamos toda a sociedade brasiliense a viver também um novo tempo no que se refere à produção e ao cuidado com os seus resíduos. É muito importante que a população de Brasília participe, efetivamente, do processo de coleta seletiva, que separe os seus resíduos para garantir um trabalho de mais qualidade para os catadores e também uma maior renda para os catadores.
Também queremos alertar que a partir de agora qualquer veículo flagrado jogando entulho, jogando lixo em local inadequado, esse veículo será apreendido. Esse esforço de uma Brasília limpa em todos os sentidos, de uma Brasília cidadã, deve ser um esforço de todos. Esse momento só foi possível graças à união de toda a nossa cidade. Muitos contribuíram para isso de forma muito especial e eu quero agradecer a toda a equipe do governo de Brasília, a todos que se envolveram com muito amor, com muita paixão e com muita dedicação para viver esse momento.
Nós estamos vivendo momentos em Brasília nos quais as pessoas não imaginavam, não acreditavam que fosse acontecer. Na semana passada devolvemos a orla do lago Paranoá, que foi privatizada ao longo dos anos, à população de Brasília e agora estamos entregando à cidade um aterro sanitário, galpões de triagem e fechando o lixão. Eu sempre disse que sempre tratei essas conquistas como saltos civilizatórios da nossa cidade. Brasília, hoje, pode dizer que está em outro patamar de civilidade, com a sua orla democratizada, com a sua orla devolvida à população. Como eu digo, a orla é a nossa praia e a praia não pode ser de alguns, a praia tem que ser de todos. E nós que somos da geração Brasília, que somos apaixonados por essa cidade, não poderíamos conviver com esse lixão onde seres humanos, nossos irmãos, nossos companheiros, disputavam a sua sobrevivência ao lado da cachorros e urubus. Não. Em um país como o Brasil, em uma cidade que, muito cedo, foi declarada como patrimônio cultural da humanidade, nós não poderíamos conviver com essa situação indigna de nossos irmãos catadores. Eles vão trabalhar em galpões protegidos do sol e protegidos da chuva, com banheiros, com equipamentos de proteção e com equipamentos que vão garantir um trabalho e uma renda digna.
Estamos muito emocionados e felizes, e podemos dizer com muito orgulho que o nosso governo, a Brasília cidadã, a Brasília de todos os brasileiros, fechou o lixão e abriu a orla do lago Paranoá. Muito obrigado.