Em audiência na tarde desta terça-feira, os camponeses devem apresentar a situação ao Ministério Público do Estado. As cerca de 50 famílias ameaçadas esperam ser inseridas em programa de proteção a pessoas ameaçadas. Eles ocuparam uma área que, segundo eles, é pública, mas já sofreram reintegração de posse promovida sem qualquer mandado judicial.
A ação teria sido feita por policiais militares da cidade.
O coordenador regional da Comissão Pastoral da Terra no estado, Ronilson Costa, explica a situação dos lavradores.
“Foram à localidade e praticamente fizeram uma reintegração de posse a pedido de particular, né, sem ordem judicial. Foi acompanhado de muita violência por parte dos policiais no sentido de que destruíram casas, queimaram, queimaram pertences dos trabalhadores, levaram presos”
O Maranhão lidera a lista de conflitos no campo, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra. Em 2016, 13 pessoas morreram no estado e os conflitos, ameaças e emboscadas continuam, e foram registrados conflitos em 75 municípios do Maranhão. O Maranhão ocupa a sexta posição no ranking da violência no campo no país.