Para cobrir o buraco deixado pelos 27 terceirizados que terão os contratos encerrados nesta sexta-feira, 9, a Junta Comercial, que têm 1,5 mil processos em análise, receberá 24 terceirizados contratados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). O problema é que eles ainda estão em treinamento, pois não têm qualquer familiaridade com os serviços prestados pela Junta.
Pelo que foi acertado, a Junta Comercial não abrirá as portas na Quarta-Feira de Cinzas, 14. A partir do dia seguinte, o horário de atendimento será reduzido em duas horas, das 11h às 16 horas. Serão distribuídas 100 senhas por dia e cada pessoa só poderá apresentar, no máximo, três processos por dia. Com isso, cerca de uma centena de processos deixarão de ser recebidos diariamente.
“Será um transtorno para todo mundo, independentemente do plano de contingência montado pela Junta”, diz o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal (CRC-DF), Adriano Marrocos. “Se um contador tiver oito processos para apresentar, terá que voltar à Junta três dias seguidos”, afirma.
Transtornos
O presidente da Junta, Antônio Eustáquio, garantiu, durante a reunião desta quinta-feira, que a perspectiva é de suspender esse plano de emergência em 30 dias. É o prazo que ele deu para encerrar o processo de contratação da empresa que fornecerá mão de obra terceirizada para a Junta.
O pregão para a contratação da empresa fornecedora de mão de obra acaba na quinta-feira, 15. Serão necessários 20 dias úteis para superar todos os trâmites legais. Isso, num quadro de normalidade, supondo que nenhum dos perdedores do certame recorra contra o resultado da licitação, o que é raro. “Portanto, os problemas enfrentados pela Junta não serão resolvidos tão cedo, apesar do esforço do presidente do órgão e de seus funcionários”, frisa Marrocos.