24/03/2018 às 07h50min - Atualizada em 24/03/2018 às 07h50min
8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA DÁ ADEUS A BRASÍLIA E VOLTA EM 2021
Notibras
O Fórum Mundial da Água, que reuniu em Brasília delegações de 150 países, terminou nesta sexta-feira com a adoção de cinco documentos a favor da preservação desse recurso e voltará a acontecer Dacar, onde a nona edição será realizada em 2021.
O evento, realizado a cara três anos e organizado pelo Conselho Mundial da Água, aconteceu desde a segunda-feira passada e deixou como resultado cinco documentos com o conteúdo das discussões de ministros, autoridades de poderes judiciais, parlamentares e prefeitos, junto a outra peça de caráter geral e centrada na sustentabilidade.
O brasileiro Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial da Água, ressaltou que “nenhuma dessas declarações é vinculativa nem impõe obrigações”, mas considerou que propõem “um compromisso real com a preservação e a boa gestão da água”.
A declaração ministerial fez “um chamado urgente para uma ação decisiva” e uma maior cooperação internacional para tornar realidade o objetivo de acesso universal à água e ao saneamento básico que a ONU estabeleceu entre os objetivos contidos na Agenda 2030.
A parlamentar, redigida por 120 legisladores de vários países, pede uma maior troca de experiências nesse âmbito e também que os parlamentos do mundo incluam a água como “assunto central” em suas legislações, as quais devem “contemplar necessariamente a proteção do meio ambiente”.
No caso dos prefeitos, a declaração coincide em todos esses pontos, mas acrescenta que os governos municipais precisam de maior apoio orçamentário para levar adiante políticas que permitam a promoção de “soluções adequadas” a favor da água.
O documento redigido pelos juízes de 56 países que participaram do fórum reforça a condição de direito humano e bem público que as Nações Unidas conferiram à água e pede aos poderes judiciários a contemplá-lo em caso de conflitos vinculados a esse recurso.
A quinta declaração recolhe o resultado de mais de 600 debates e 300 conferências realizadas desde a última segunda-feira e basicamente é um chamado à adoção de medidas que garantam o cuidado com a água, sua preservação e distribuição, assim como um saneamento adequado, que impeça o desperdício.