No sistema da Polícia Civil há nove ocorrências com o nome do policial, algumas registradas desde 2003. Entre os crimes, estariam injúria racial, ameaça, apreensão de bens de forma irregular, lesão corporal como vítima e autor, difamação, vias de fato e lesão corporal como vítima e autor. No entanto, só o caso de injúria racial qualificada virou inquérito. Davy ainda assinou três termos circunstanciados de comparecimento a Justiça: dois de ameaça e outro de lesão corporal.
Agente de polícia desde fevereiro de 1999, ele pode sofrer, agora, desde uma suspensão até demissão. De acordo com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom), o servidor vai responder criminalmente pelos fatos. A corporação também instaurou processo administrativo disciplinar.
A Corregedoria da Polícia Civil já tinha pedido a prisão do agente. O caso corre em segredo de Justiça. O Correio apurou que o pedido de prisão temporária foi apresentado após as 20h de sábado (24/3). Entrou no plantão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e caiu para análise do juiz de direito Pedro Oliveira de Vasconcelos. Quem pediu a prisão foi a Divisão de Assuntos Internos da Corregedoria Geral de Polícia. Como foi decretado o segredo, a Justiça não informa se já há decisão.
Davy passou pela 24ª Delegacia de Polícia (Setor O — Ceilândia) onde ficou pouco tempo como agente do plantão. Ele deveria se apresentar ainda nesta semana na 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia).
Davy, agora, responde a um inquérito de tentativa de homicídio contra o taxista Wilson Passatutto. Ele bateu na traseira do carro de Wilson na noite de sexta-feira (23/3), no Sudoeste. Ao descer do carro, os dois discutiram e o agente de polícia atirou contra a vítima. O disparo feriu o taxista no abdômen e atingiu o fígado, o rim e o pulmão dele. A vítima está internada em um hospital da Asa Sul em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos.
Um vídeo mostra o taxista segurando o homem e gritando por socorro enquanto os carros passam sem parar. De repente, ouve-se o estampido. Na imagem, os carros da vítima e do autor estão parados na via. Os dois se levantam do chão após o tiro e vão cada um para o seu carro. Em seguida, eles deixam o local.