Estudantes, alguns deles mascarados, invadiram o prédio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), depois de dispersarem da manifestação em frente ao Ministério da Educação, onde protestavam contra o corte orçamentário imposto à Universidade de Brasília.
Houve pancadaria e a Polícia Militar cercou o prédio para evitar atos de vandalismo e prejuízos ao patrimônio público. A Polícia declarou que alguns manifestantes chegaram a danificar bens em alguns andares do prédio da FNDE. No confronto ocorrido em frente ao MEC, quatro manifestantes foram detidos por crime federal.
As dificuldades enfrentadas pela Universidade de Brasília estão descritas no relatório de gestão preparado pela instituição e apresentado no início deste mês. Com um corte de 45% determinado pelo governo no orçamento deste ano, a estimativa é de que o rombo nas contas supere os R$ 92 milhões.
Diante desse quadro, uma das alternativas cogitadas para tentar equilibrar o orçamento é reduzir os contratos com empresas terceirizadas, finalizar estágios e até mesmo subsídios, como o oferecido para estudantes que frequentam o restaurante universitário. Com isso, a refeição dos estudantes praticamente triplicaria.
Este é o segundo ano em que o orçamento destinado à UnB pela União é menor do que o esperado. Em 2016, o investimento para custeio foi de R$ 216, 5 milhões. Ano passado, foi de R$ 136,6 milhões. Para este ano, foram reservados R$ 137,2 milhões.
Depois da cerimônia de posse de novos ministros no Palácio do Planalto, o novo ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, disse que “aceita negociar, mas sem agressividade”. “Estamos abertos ao diálogo, desde que seja diálogo, não agressividade. A reitora (da UnB) não me procurou, nem ao ministro Mendonça”, afirmou. Segundo o novo ministro, não houve redução de recursos para a UnB.