11/04/2018 às 07h33min - Atualizada em 11/04/2018 às 07h33min

​Raquel Dodge pede Maluf de volta à cadeia

Jbr

 
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta terça-feira, 10, em memorial aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pela volta do deputado federal Paulo Maluf (PP/SP) à cadeia. O parlamentar – condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado por lavagem de dinheiro – foi preso em dezembro do ano passado, após determinação do ministro Edson Fachin, do STF. Em março deste ano, o ministro Dias Toffoli concedeu liminar para assegurar o cumprimento da pena em prisão domiciliar. A manifestação foi no HC 152707, que está na pauta de julgamentos da sessão desta quarta-feira, 11 do STF.
 

Maluf tem ‘confusão mental’ e ‘alterações da marcha’, diz relatório médico

O deputado federal Paulo Maluf (PP), que foi internado na última sexta-feira, 6, no hospital Sírio Libanês, na região central de São Paulo, foi diagnosticado com confusão mental, alterações da marcha e outras 20 patologias, de acordo com relatório da junta médica que o atende. O deputado cumpre prisão domiciliar de 7 anos, 9 meses e 10 dias por lavagem de dinheiro por conta do seu quadro médico.
O relatório diz que o tratamento ambulatorial pode chegar a 120 dias para recuperação e reabilitação. Além disso, os médicos ressaltam que o tratamento deve ser realizado “em ambiente adequado para a sobrevivência” de Maluf, devido a idade do deputado (86 anos) e as atuais condições. Caso contrário, a condição de vida dele será “abreviada”.
O último boletim divulgado pelo hospital ressalta “incontinência urinária, metástase óssea na região sacral decorrente do câncer de próstata, alterações da marcha com perda de força muscular e atrofia em ambas as pernas”. O câncer de próstata de Maluf foi diagnosticado há 22 anos. Com a evolução da doença, o deputado passou ter a condição de cadeirante.
Segundo os médicos, ele é tratado “de uma broncopneumonia aspirativa com infiltrado pulmonar bilateral” e não há previsões de alta. A autorização para conversão do regime fechado em prisão domiciliar foi dada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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