Após assembleia promovida na semana passada, funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) decidiram entrar em greve a partir da 0h desta quinta-feira (10/5). A paralisação é por tempo indeterminado e, segundo os servidores da empresa, motivada pela retirada de direitos trabalhistas consolidados em Acordo Coletivo, e pelo não atendimento às revindicações para a data-base de 2018.
Em nota divulgada pelo sindicato, o Sindágua se posicionou contra os termos da compensação de uma greve realizada em 2016. A Caesb informou que o desconto na remuneração dos funcionários que aderiram à paralisação daquele ano, com duração de 89 dias, trata-se do cumprimento de uma sentença do Tribunal Superior do Trabalho (TST) transitada em julgado, não cabendo discussão no âmbito da data-base de 2018.
A companhia afirmou lamentar a decisão tomada por alguns trabalhadores quanto à deflagração da greve na quinta. “Ao contrário do que diz o Sindágua-DF, a Caesb vem mantendo negociações com o sindicato há pelo menos 60 dias, tendo sido apresentada uma proposta de acordo em 25 de abril, contemplando um reajuste de 1,25% e a manutenção de todos os benefícios do acordo anterior, ajustando algumas cláusulas, conforme legislação vigente”, defendeu a empresa.
“Assim, a Caesb entende que a greve é inoportuna e irresponsável e informa que tomará as providências para minimizar os prejuízos à população do DF”, ressaltou a companhia.O índice de reajuste, fixado em 1,25%, leva em consideração, segundo a Caesb, o momento de dificuldade financeira da companhia, em virtude da queda na arrecadação, decorrência da crise hídrica, que derrubou o faturamento da empresa.