Autônomos, trabalhadores e pais de família — é como os caminhoneiros reunidos no estacionamento do Mané Garrincha, entre a manhã e a tarde deste domingo (3), se definem. Porta-voz nacional da categoria, Wallace Landim, conhecido como Chorão (foto abaixo), explica que a o objetivo da manifestação foi montar um grupo de discussão com um representante de cada estado.
A comissão analisará o texto do projeto de lei nº 4.860, de 30 de março de 2016, de autoria da deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR). O projeto define normas para regulação do transporte rodoviário de cargas em território brasileiro, mas, de acordo com a categoria, precisa mudar em vários pontos. “Temos benefícios neste momento via medida provisória. Queremos que muitas coisas se tornem lei”, diz Chorão.
“Também vamos lutar pela gasolina a R$ 3,15 e pelo diesel a R$ 3, porque essa não é uma reivindicação só nossa. É de todo trabalhador”, destaca Chorão. Motociclistas e condutores de veículos comerciais também participaram do encontro. “Vieram poucos caminhoneiros até agora porque a situação financeira também está difícil para nós”, justifica o líder.
A manifestação no Mané Garrincha foi convocada pelo líder da categoria no grupo de WhatsApp “Unidos por um transporte”. A mobilização começou durante a paralisação nacional, que interditou estradas do Brasil durante 10 dias. “Percebemos que precisávamos nos reorganizar para buscar soluções efetivas. Com o governo, houve muita conversa e pouca solução”, defende Chorão.