Levantamento feito pelo jornal Destak identificou que dos 132 medicamentos de alto custo que são distribuídos pela secretaria de Saúde do Distrito Federal, cerca de 31% estão com seus estoques zerados. A Capital conta com três farmácias que fornecem este medicamentos de forma gratuita.
Na unidade da Asa Sul e da Ceilândia, por exemplo, faltam cerca de 42 tipos de medicamentos diferentes em cada uma. Já na farmácia do Gama, o estoque estava zerado para 37 produtos.
Um dos medicamentos em falta é o Adalimumabe Solução Injetável 40mg, usado para tratamentos de vários tipos de artrite. Atualmente, os pacientes que necessitam de tratamento não conseguem o produto em nenhuma das farmácias de alto custo do GDF. Uma ampola do medicamento chega a custar mais de R$ 10 mil.
Além de remédios custeados pela secretaria de Saúde, as farmácias de alto custo contam com outros 89 tipos de remédios que são repassados pelo governo federal. Desse total, apenas o Filgrastim Solução Injetável 300MCG – usado em pacientes em tratamento de câncer – estava sem estoque na unidade do Gama.
Em nota, a secretaria de Saúde informou que todos os medicamentos em falta já estão em processo de compra, porém não apresentou prazo para reposição dos estoques. A justificativa é que a solicitação desses remédios é sempre feita com antecedência, mas que, muitas vezes, os pregões não têm candidatos ou as empresas demoram para realizar a entrega.
No caso específico do Filgrastim, o GDF informou que o Ministério da Saúde deveria ter repassado 308 frascos para as farmácias de alto custo até o final de março, mas não o fez. Por meio de nota, o ministério informou que já fez a compra, e que a empresa contratada agenderá a entrega com a secretaria de Saúde.