A mudança para que as instituições, a partir deste ano, só atendam alunos do turno integral desagradou aos pais, que estimam que cerca de seis mil alunos serão penalizados. Isso porque 19 das 36 escolas classe beneficiadas perderão o vínculo com as escolas parque.
Na semana passada, o Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos publicou, no Diário Oficial do DF, uma recomendação pelo adiamento da política de atendimento das escolas em tempo integral utilizando as escolas parque. O objetivo é ampliar o debate com a comunidade escolar e possibilitar a reestruturação das escolas para o atendimento devido.
Um grupo formado por pais, conselheiros escolares e tutelares e representantes do Sindicato dos Professores chegaram a se reunir com o secretário de Educação, Júlio Gregório. No entanto, sem consenso, os participantes alegaram ter sido expulsos.
DF tem sete escolas parque
Ao todo, o DF conta com sete escolas parque: cinco no Plano Piloto, uma em Brazlândia e outra em Ceilândia. Elas oferecem atividades como música, teatro e artes visuais, teoricamente no contraturno do ensino regular.
VERSÃO OFICIAL
Em nota, a Secretaria de Educação confirmou que, em 2016, foram atendidas 36 escolas classe nas escolas parque, tendo recebido as atividades em um dia na semana, no horário de aula, embora não estivessem sob o regime de educação integral. A previsão é de que em 2017 sejam atendidas 17 escolas, cinco dias por semana e no turno contrário ao das aulas, sob o regime da educação integral.
Em 2016, 12 escolas classe ofereceram atendimento integral aos estudantes, tendo seis delas recebido diariamente todos os alunos, com períodos de dez horas diárias, e outras seis para apenas parte de seus estudantes, entre sete e nove diárias. E a previsão para o ano que vem é de que 2,8 mil estudantes sejam atendidos no turno integral.
“As novas políticas públicas de ampliação e democratização do acesso permitiram que a Escola Parque despontasse novamente no cenário da cidade, referenciando a proposta inicial criada pelo educador Anísio Teixeira, como espaço formativo de direito”, informa, em nota.