1/6 Josias, o supeito está foragido Por volta das 14h, o corpo de Simone ainda estava no local à espera da perícia do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do DF. A princípio, conforme adiantou o delegado, a vítima teria levado dois golpes de facão. Um dos cortes, bem profundo, na perna esquerda.
Ainda de acordo com o policial, constam três ocorrências contra o acusado do crime, por ameaça, injúria e lesão corporal. “Era um relacionamento muito conturbado”, disse Paulo Fortini. Ele também tem passagens por porte ilegal de armas, em 2017, e receptação de veículo roubado, em 2016.
No ano passado, Simone registrou queixa de violência doméstica contra Josias. Na ocasião, o homem também havia agredido a cunhada. A ex-esposa tinha medida protetiva concedida pelo Juizado de Santa Maria. Com base em informações disponíveis no site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), uma audiência de instrução estava marcada para as 15h15 do dia 26 de setembro.
Josias morava de aluguel. O proprietário do imóvel, que reside no mesmo lote, viu o momento em que homem saiu correndo e deixou a quitinete toda aberta. Ele achou estranho. Entrou na casa e viu o corpo de Simone caído no chão.
Antes, a testemunha contou à polícia ter ouvido um grito. “Ele teria sido informado pelo irmão da vítima que Simone teria ido à residência do ex e não respondia às mensagens dele. Quando foi checar, viu o corpo e acionou a polícia”, destacou o investigador.
O delegado-chefe da 33ª DP, Rodrigo Têlho, ressaltou que, momentos após o crime, Josias procurou o cunhado na residência dele e disse: “Fiz uma merda, matei minha esposa”.
O suspeito pediu ajuda para fugir, mas o cunhado negou e alegou que o carro estaria quebrado. Por volta das 10h30, o familiar do acusado acionou a polícia. Josias, segundo a PCDF, tinha uma banquinha de carteado.
21 feminicídios
Este é o 21º feminicídio registrado no Distrito Federal apenas neste ano. No dia 26 de agosto, uma mulher de 44 anos foi assassinada dentro de casa no Distrito Federal. O crime ocorreu na Quadra 1, Conjunto B, da Fazendinha, no Itapoã. Maria Regina Araújo levou 20 facadas. O autor do feminicídio, de acordo com a polícia, era marido da vítima, Eduardo Gonçalves, preso na sexta-feira (31).
O companheiro da mulher confessou, em depoimento à Polícia Civil, ter matado Maria Regina devido a uma suposta tentativa de agressão por parte dela. O assassinato ocorreu na frente da filha da vítima, de 8 anos. A criança foi encaminhada para os cuidados do serviço social.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar os primeiros socorros, mas a mulher já estava morta quando os militares chegaram. Maria Regina teria sido atingida nas costas e no pescoço. Conforme informações da polícia, a vítima havia registrado ocorrência contra o marido por violência doméstica. No entanto, a Justiça negou medida protetiva a ela.