A população dá o último adeus ao ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz nesta sexta-feira (28/9). Brasília para a fim de se despedir do homem que governou a capital da República por mais tempo: foram 3.839 dias no comando do Executivo local.
Amigos, parentes e pessoas que nutriam admiração por Roriz participam de missa, às 9h, e de culto ecumênico, às 10h. Logo depois, o corpo de Joaquim Roriz será levado, em carro aberto do Corpo de Bombeiros, em carreata pelas ruas de Brasília.
O cortejo fúnebre sairá do Memorial JK, onde ocorre o velório desde as 15h de quinta (27), e seguirá pela via S1. De lá, passará pelo Palácio do Planalto e, depois, vai para a L4 Sul. Na altura da Embaixada do Iraque, o comboio acessará o Setor Policial Militar. O fim do trajeto é o Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.
O sepultamento está marcado para as 11h. O corpo de Roriz terá um lugar especial: será enterrado em um jazigo próximo à lápide de Juscelino Kubitschek.
Todo o trajeto será acompanhado pela Polícia Militar, que atuará com viaturas e motocicletas. Segundo a corporação, a ideia é interferir o mínimo possível no trânsito, que será bloqueado apenas quando estritamente necessário.
Comoção
A manhã de quinta-feira (27/9) começou diferente no DF. Após os médicos do Hospital Brasília confirmarem o óbito, às 7h50, a notícia começou a circular em grupos de WhatsApp, no comércio e entre vizinhos. Com o local do velório definido, iniciou-se uma verdadeira romaria rumo ao Memorial JK, no Eixo Monumental.
Segundo estimativas da Polícia Militar, milhares de pessoas passaram pelo monumento para se despedir. Às 22h, cerca de 600 indivíduos ainda estavam prestando homenagens a Roriz. Familiares, autoridades e políticos se misturaram para tocar, pela última vez, as mãos do ex-governador.
Normalmente, velórios de personalidades contam com cordões de isolamento entre o público e o caixão, mas, por determinação de dona Weslian Roriz, esposa do patriarca do clã, as cordas que separavam o corpo dos simpatizantes foram retiradas. Assim, vários cidadãos puderam estar mais perto de Roriz.
A matriarca revelou a pessoas do círculo familiar que “Roriz sempre foi um homem do povo e que não poderia ter atitude diferente neste momento”. Weslian, aliás, precisou ser amparada pelo menos duas vezes. Ao lado das filhas e dos netos, chorou o tempo todo. Cansada, ela deixou o Memorial JK por volta das 20h45, acompanhada de Marilda, a enfermeira que cuidou de Joaquim Roriz nos últimos anos.