30/10/2018 às 06h18min - Atualizada em 30/10/2018 às 06h18min

BOLSONARO PODE TIRAR DO COLETE UM POWELL PARA O ITAMARATY

Notibras

No momento em que o Brasil escolheu Jair Bolsonaro para orientar suas políticas públicas diametralmente opostas ao que foi orientado pelos governos do Partido dos Trabalhadores, Michel Temer terá um papel decisivo na transição. Seu gabinete pode e deve passar aos integrantes da cúpula do presidente eleito informações que nem especialistas têm acesso.

Segredos de Estado, especialmente agora, quando o viés partidário que predominou nas relações internacionais nos últimos anos, prejudicando muito a nossa economia e carcomendo o trabalho centenário do Ministério das Relações Exteriores.

Lula aprontou de tudo. Desqualificou o Itamaraty, orientado pelo assessor especial da presidência no governo Dilma, Marco Aurélio Top Top Faria – alcunha que recebeu pelo gesto que fez, gravado pela TV, quando da divulgação do desastre com o avião da TAM em 2007 –, e que ainda sugeriu a dispensa da língua inglesa para a carreira diplomática. Dizem que a ideia foi dele para facilitar o aparelhamento do Itamaraty pelos barbudos vermelhos que não gostam de estudar. Era entusiasta do BRICS, um bloco de emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que provoca arrepios nos estadunidenses de Donald Trump.

Só que o problema agora é nosso, dos contribuintes que contabilizaram (até agora) 50 bilhões de reais escorrerem, criminosamente, para países que não estão no mapa da economia mundial, mas aquartelados para difundir a maravilha de governança cuja referência é Cuba, um exemplo de sociedade combatida pelos próprios cubanos a partir de Miami.Os EUA deram o troco ao criar o TPP – Tratado Transpacífico, que deixou os inferiores complexados de lado e reuniu além deles o Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Peru, Malásia, México, Nova Zelândia, Cingapura e Vietnã. Juntos detêm 40% do PIB mundial. Chupa, PT!

Nem vamos falar da relação de Lula com o sanguinário Chávez e seu sucessor fascista venezuelano Maduro, onde hoje é possível comer um autêntico hot-dog. Hoje lá não tem nem mortadela.

Agora, quando são anunciados os nomes para a composição do futuro governo, sob reserva, a cúpula restrita de Bolsonaro evita revelar personalidades para ocupar cadeiras estratégicas. Uma delas, a do MRE, que deverá reconstruir nossa política internacional, conta com mais um general, além de Mourão e Heleno, vice e ministro da Defesa, respectivamente, que é o General Paulo Chagas.

Identificado como um diplomata nato, segundo Dênia Magalhães, advogada com trânsito nos corredores de Bolsonaro e amiga do general, candidato do presidente eleito ao governo do Distrito Federal nas últimas eleições, e que afirma: “O general Paulo Chagas é um dos melhores nomes para o Itamaraty. Seu pensamento liberal e experiência no exercício diplomático, somados a uma visão global idêntica ao que pensa Bolsonaro, além de um perfil comedido reconhecido por todos, será, sem dúvida, um excelente ministro da pasta. Eu o considero uma versão brasileira do Colin Powell”.

Powell foi secretário de Estado dos EUA no governo de George Bush, um general negro, nascido no Harlen, em Nova Iorque, notabilizado por sua competência em política externa, conciliador e rigoroso quando necessário.

O MRE foi completamente desconstruído na gestão petista, quando o Planalto orientava diretamente, por meio dos planos bolivarianos de José Dirceu, a política externa de vinculação do Brasil com países ditatoriais onde era possível lavar dinheiro para financiar o poder comunista indefinidamente.

Essa guinada é emergencial para a sobrevivência da nossa economia e o MRE terá um papel fundamental na recuperação do prestígio brasileiro com países democráticos e grandes economias. Na foto oficial da posse, no dia 1º de janeiro de 2019, o rosto daquele que irá substituir Aloysio Nunes Ferreira, não será apenas mais uma composição da paisagem. Esse nome deverá ser de alguém capaz de conquistar amigos poderosos e influentes em todos os continentes.

Embora desprestigiado nos últimos anos, o Ministério das Relações Exteriores será observado como um vetor de recuperação mercadológica, facilitador na captação de investimentos externos, consequente gerador de emprego e renda.

Se não havia um nome adequado ou anunciado, agora está posto. Sob reserva, claro.


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