13/11/2018 às 07h39min - Atualizada em 13/11/2018 às 07h39min

A habitual crítica da esquerda e os altos salários

Júlio César Cardoso
Júlio César Cardoso

 

 

Já se tornou habitual a oposição petista manifestar-se  contrária a qualquer medida governamental que não seja de sua  lavra, mesmo que  positiva ao país. Vejam, por exemplo,  a enxurrada de malhação do PT à reforma trabalhista implantada pelo atual governo. E eu pergunto: qual foi a perda – indiquem apenas uma – que o trabalhador teve com a nova orientação trabalhista?

 

Antigamente não podia, gora qualquer empregado e empregador pode estabelecer as bases de trabalho e salário, sem interferência de sindicatos.

 

Os sindicatos pelegos não se conformam com a perda do poder de intromissão na relação trabalhista, da era Vargas. Isso gerou consequentemente redução de receita dos sindicatos, que se locupletavam com o dinheiro dos trabalhadores.

 

Vejam alguns efeitos positivos da reforma trabalhista, contestada apenas pelos reacionários petistas de sempre, e que colocam o país no rol daqueles com legislação trabalhista mais avançada: redução das ações trabalhistas, enfraquecimento financeiro dos sindicatos – verdadeiro antro de larápios  trabalhistas – e baque nas negociações coletivas.

 

Os mesmos que contestam a atual reforma  trabalhista hoje estão precipitadamente crucificando Jair Bolsonaro que se propôs a enxugar a  quantidade de ministérios inoperantes e paquidermes, recrudescida no período do governo petista para acomodar os seus apaniguados políticos.

 

No entanto, o enxugamento de ministérios é uma necessidade contra a farra dos gastos públicos de Brasília, que consome demasiadamente o  dinheiro do contribuinte e que faz muita falta ao social.

 

Os políticos birrentos da esquerda deveriam ter mais sensibilidade e responsabilidade com os gastos públicos, como também os demais parlamentares. Eles, por exemplo,  não consideram exorbitantes os seus altos salários acrescidos de muitos penduricalhos e mordomias em relação àqueles trabalhadores que ganham muito menos.

 

Por que os parlamentares não propõem a redução de seus salários diante da crise financeira por que passamos, pois quem paga essa conta é justamente os pobres e a classe média?

 

Por que também não é proposto  igualar  os gastos parlamentares nacionais aos níveis adotados pelo Parlamento sueco, que dá  ao mundo o exemplo de moralidade com os gastos públicos, por quê? E se não bastasse, o Senado aprovou por 41 votos a 16 o reajuste salarial  (16,38%) dos ministros do STF, que passarão  a receber R$ 39,2 mil,  já prevendo se  beneficiar igualmente do aumento, que virá naturalmente em cascata, na área pública. O presidente Michel Temer deveria  vetar o intempestivo reajuste.

 

Júlio César Cardoso

Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC


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