O presidente Jair Bolsonaro tem um abacaxi azedo para descascar pela frente. São os frutos podres do Fundo da Amazônia. Criada no primeiro governo Lula, a carteira, uma verdadeira caixa preta, é administrada pelo BNDES.
São 2 bilhões 500 milhões de reais vindos da Noruega. O dinheiro não foi ‘dado’ pela coroa norueguesa, mas por empresários daquele país. Seria destinado a combater o desmatamento na Amazônia.
Seria. Ocorre que, ao longo dos anos, os recursos começaram a ser desviados por meio de ONG’s para outras regiões onde não brotam nem pedras.
Estima-se que mais de 40% dos recursos tenham seguido para prefeituras petistas na Bahia, Rio Grade do Norte e Ceará. São terras áridas nordestinas distantes alguns milhares de quilômetros da densa selva amazônica que receberam algo em torno de 1 bilhão de reais.As organizações não-governamentais beneficiadas com essa bolada atuam prioritariamente em cidades administradas pelo PT. E quando o município passa para um partido adversário, o dinheiro sai da conta.
A safadeza, porém, é ainda maior: os empresários que compõem o PIB norueguês não são lá verdadeiros amantes da natureza. A contrapartida custou caro ao Brasil.
Pela doação daqueles 2,5 bilhões, os mecenas de Oslo tiveram isenções fiscais autorizadas por Lula, para se instalarem no Pará e no Amazonas, de 7 bilhões 500 milhões de reais. Ou seja, o Brasil ficou ainda mais no vermelho. Abatida a diferença do que veio e do que vai sair, o rombo é de 5 bilhões de reais.
Enquanto isso, o desmatamento cresce. E o povo vai aguentando goela a baixo açaí com sal de bacalhau.