Líderes de duas das facções criminosas mais perigosas do país podem desembarcar no Distrito Federal para cumprir pena no recém-inaugurado presídio federal (foto em destaque). No entanto, preocupado com os bandidos que ocupam altos escalões do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV), o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, se reunirá, nas próximas semanas, com integrantes da cúpula do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) a fun de tentar evitar a vinda desses detentos.
Em entrevista ao Metrópoles, o chefe da pasta afirmou pretender impedir que criminosos como o líder do PCC, Marcos Herbas Camacho, o Marcola, que cumpre pena no presídio federal de Presidente Venceslau (SP); e Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, do CV, encarcerado no presídio federal de Porto Velho (RO), venham para Brasília. “Vamos participar de reuniões no Depen e expor nosso posicionamento quanto à vinda desses presos”, disse Torres.
Torres ressaltou que a crise no sistema penitenciário de todo o país se agravou com a recente explosão de violência no Ceará, o que provoca ainda mais tensão dentro das cadeias. “Sabemos que todas as ordens de ataques orquestrados por essas facções criminosas partem de dentro dos presídios. Aconteceu dessa forma no Rio Grande do Norte, durante a rebelião de Alcaçuz, e ocorreu o mesmo com os ataques no Ceará”, disse.
Secretário quer barrar a transferência de líderes de facções para o DF
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No presídio federal, o interno fica isolado 24h por dia, sem qualquer contato com meios de comunicação Valter Campanato/Agência Brasil
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Os presos federais recebem apenas a visita de seus advogadosValter Campanato/Agência Brasil
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Criminosos perigosos, como Fernandinho Beira-Mar, podem desembarcar no DFValter Campanato/Agência Brasil
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A cúpula da segurança pública do DF quer evitar a vinda de líderes de facções criminosas Valter Campanato/Agência Brasil
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O presídio federal foi inaugurado no DF em outubro do ano passadoValter Campanato/Agência Brasil
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A unidade prisional gerida pelo Depen já conta com três integrantes da cúpula do PCCValter Campanato/Agência Brasil
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Na cadeia federal, os presos cumprem o chamado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) Valter Campanato/Agência Brasil
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No presídio federal, o interno fica isolado 24h por dia, sem qualquer contato com meios de comunicação Valter Campanato/Agência Brasil
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Os presos federais recebem apenas a visita de seus advogadosValter Campanato/Agência Brasil
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Criminosos perigosos, como Fernandinho Beira-Mar, podem desembarcar no DFValter Campanato/Agência Brasil
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A cúpula da segurança pública do DF quer evitar a vinda de líderes de facções criminosas Valter Campanato/Agência Brasil
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O presídio federal foi inaugurado no DF em outubro do ano passadoValter Campanato/Agência Brasil
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A unidade prisional gerida pelo Depen já conta com três integrantes da cúpula do PCCValter Campanato/Agência Brasil
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Na cadeia federal, os presos cumprem o chamado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) Valter Campanato/Agência Brasil
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No presídio federal, o interno fica isolado 24h por dia, sem qualquer contato com meios de comunicação Valter Campanato/Agência Brasil
Célula criminosa A chegada de figurões das facções criminosas costuma movimentar a criminalidade nos estados para onde eles são transferidos. De acordo com o subsecretário do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe), delegado Adval Cardoso de Matos, existem células criminosas que acompanham os líderes das organizações onde quer que eles estejam.
São advogados, parentes e comparsas que costumam trabalhar em favor das facções. “Existem crimes que são praticados nas ruas a mando dos líderes que estão presos. Há todo um esquema montado para garantir a perpetuação do esquema criminoso, e isso envolve ataques contra autoridades e roubos de grande porte contra bancos e carros-fortes, por exemplo”, ressaltou o policial.
O serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, que opera dentro das cadeias, já identificou que existe uma expectativa a respeito da presença de líderes das facções criminosa em Brasília. “De certa forma, isso mexe com o temperamento dos internos, que, muitas vezes, querem se mostrar importantes e que reúnem condições de participar das facções. Esses líderes costumam ser vistos como ‘heróis’ pelos outros presos, e isso queremos evitar”, explicou o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres.