Enviados especiais a Brumadinho – Subiu para 99 o número de mortos em decorrência da tragédia com o rompimento da barragem em Brumadinho (MG). De acordo com a Defesa Civil, 259 pessoas permanecem desaparecidas neste sexto dia de resgates no local da tragédia.
Divulgado no final da tarde desta quarta-feira (30/1), o novo balanço também indicou que 57 corpos encontrados desde o início das buscas foram devidamente identificados. Segundo o comando da operação, 393 pessoas inicialmente dadas como desaparecidas tiveram o paradeiro confirmado, sendo 222 dessas funcionários da mineradora Vale, responsável pela barragem que rompeu.
Desde o desastre com a barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, na última sexta-feira (25/1), 192 pessoas foram resgatadas com vida. Desde sábado, os socorristas não encontram sobreviventes. os trabalhos desta quarta foram prejudicados por fortes chuvas.
A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar reforçaram as equipes para intensificar as as buscas. Agentes de cidades próximas e de outros estados do Brasil foram enviados para dar apoio no trabalho. Uma equipe de Israel, formada por militares especializados em resgate após catástrofes, também está no local desde segunda-feira (28).
Tragédia
A barragem Córrego do Feijão rompeu no início da tarde de sexta-feira (25/1) e, desde então, equipes trabalham para encontrar as vítimas da tragédia. O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, disse na terça-feira (29/1) de que haveria avanços nesta quarta.
Desastre
A barragem Mina Feijão, em Brumadinho, rompeu-se por volta das 13h de sexta-feira (25/1). O vazamento de lama fez com que uma outra barragem da Vale transbordasse. O restaurante da companhia foi soterrado, assim como o prédio administrativo da mineradora.
A lama se espalhou pela cidade, e moradores precisaram deixar suas casas. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e estão em busca de vítimas. Tanto o governo federal quanto o local (do município e do estado) montaram gabinetes de crise e deslocaram autoridades para a região. Até agora, 81 mortes foram confirmadas e 19 corpos estão identificados.
Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, apesar de remota, ainda existe a possibilidade de os socorristas encontrarem pessoas com vida. Eles têm usado cajados e se arrastado pela lama em busca de sobreviventes e corpos. A estimativa é que os trabalhos durem ao menos até julho. Os bombeiros explicam que o serviço está sendo feito em etapas.