22/02/2019 às 16h06min - Atualizada em 22/02/2019 às 16h06min

Dois morrem após militares da Venezuela abrirem fogo perto do Brasil

Ao menos 15 pessoas ficaram feridas, quatro delas em estado grave, depois que um grupo tentou cruzar a fronteira rumo ao Brasil

METRÓPOLES
Soldados venezuelanos abriram fogo, nesta sexta-feira (22/2), contra um grupo de civis que tentava manter aberta uma passagem na região da fronteira entre a Venezuela e o Brasil. Uma mulher e seu marido foram mortos e ao menos 15 pessoas ficaram feridas – 4 em estado grave –, segundo Emilio Gonzalez, prefeito de Gran Sabana, onde aconteceu o incidente.
 

O ataque aconteceu na manhã desta sexta (22), quando uma escolta militar se aproximou de uma comunidade indígena de Kumarakapai. Os soldados abriram fogo com balas de borracha e gás lacrimogêneo ao verem os voluntários tentando impedir que os veículos fechassem a passagem.

Zorayda Rodriguez, 42 anos, foi morta, representando a primeira fatalidade em uma operação internacional que tenta levar ajuda humanitária ao país, desafiando o governo de Nicolás Maduro. De acordo com informações do deputado opositor Américo De Grazia, um segundo indígena também teria morrido na ação da Guarda Nacional Bolivariana.

Mesmo com a decisão de manter a fronteira fechada, guardas foram autorizados a liberar a passagem de duas ambulâncias que carregavam feridos. Os veículos seguiram para o Hospital Délio Tupinambá, o único de Pacaraima, mas depois saíram com destino ao Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, a 215 km da fronteira.

Segundo afirmou, em publicação no Twitter, o opositor Juan Guaidó, os feridos foram transferidos para um hospital no Brasil porque na Venezuela não há remédios para tratamento médico. (Com informações de agências de notícias e Washington Post)


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