O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, divulgou um comunicado neste sábado, 22, em meio aos protestos em curso na fronteira venezuelano-colombiana, dizendo que “governa a Venezuela e continuará governando”.
“Estou firme como nunca antes, firme como esta árvore, governando este país agora e em muitos anos [próximos]”, disse Maduro dirigindo-se a seus seguidores.
Maduro também afirmou que a Venezuela cortou relações diplomáticas com a Colômbia e expulsou todos os diplomatas de sua embaixada.
A oposição venezuelana tenta garantir a entrega de ajuda humanitária, o que resulta em confrontos com a polícia nas fronteiras do país com a Colômbia e o Brasil.
As forças de segurança venezuelanas montaram guarda na cidade fronteiriça de Ureña depois que o governo de Maduro ordenou o fechamento temporário da fronteira com a Colômbia.
Nos últimos dias, o governo venezuelano adotou uma série de medidas para impedir que a ajuda humanitária chegue ao país. Segundo Maduro, os EUA e seus aliados usavam “o pretexto de fornecer ajuda humanitária” para tentar “destruir a independência e a soberania do país”.
Caracas não permitiria tal ajuda ao país, disse Maduro, dizendo que o país estava lidando com suas dificuldades e que as “preocupações” dos EUA com a crise humanitária da Venezuela foram “fabricadas por Washington nos últimos quatro anos para justificar a intervenção em nosso país”.
Além de fechar a fronteira com o Brasil e três pontes que ligam a Colômbia e a Venezuela, o vice-presidente do país, Delcy Rodriguez, disse que o país latino-americano fecharia a fronteira com nações insulares vizinhas, suspenderia o tráfego aéreo.