A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), “estourou” um laboratório de drogas sintéticas em Joinville (SC) que abastecia a capital federal. Segundo a corporação, durante a operação realizada na terça-feira (26/2) foram presos dois dos maiores traficantes desse tipo de entorpecente no Brasil. Um deles foi transferido nesta sexta (1º/3) para Brasília (veja fotos abaixo).
Por questões processuais, o outro suspeito ficou detido em Santa Catarina. A dupla é conhecida como “Barões dos Sintéticos”, disse em coletiva de imprensa o diretor da Cord, delegado Victor Dan. “Eles são conhecidos dessa forma por conta do potencial da organização criminosa, que distribuía entorpecentes sintéticos para todo Brasil, inclusive o DF”, completou o delegado Rogério Rezende
As investigações tiveram início em dezembro de 2018. De acordo com os policiais, as drogas produzidas no laboratório tinham como principal destino as festividades do Carnaval. Os entorpecentes também seriam distribuídos em boates e até mesmo escolas. O grupo estava na mira da Cord em razão de negociar os produtos sintéticos com criminosos do Distrito Federal.
Os policiais apreenderam três máquinas de tabletagem de comprimidos capazes de produzir 90 unidades por minuto, no entanto apenas uma foi trazida para a capital pelos agentes – as demais ficaram em Joinville. Cada comprimido era vendido custando entre R$ 100 e R$ 150. Também foram recolhidas duas mil unidades de ecstasy e um veículo de luxo.
Combate às drogas
A prisão faz parte de um pacote de medidas da Polícia Civil para reduzir a entrada de drogas no território brasiliense durante o Carnaval. Segundo o delegado Rogério Rezende, em fevereiro a Cord realizou a apreensão de 4 mil comprimidos de ecstasy em operações distintas. Outros quatro carros de luxo, sendo duas BMWs X1, uma Range Rover e uma Mercedes-Benz C-180, também foram apreendidos.
Nesta sexta (1º/3), foram cumpridos três mandados de prisão preventiva contra líderes de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas. O grupo comandava, de acordo com a PCDF, grande esquema de venda de maconha na região de Formosa (GO), Entorno do DF, e Planaltina. O restante do bando foi preso em dezembro de 2018, com uma carga de skank, tipo de maconha que possui THC 20% mais alto que o da convencional.
Nessa terça (26/2), em operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), após abordagem a um ônibus na Região Administrativa de Planaltina, foi preso traficante com seis quilos de haxixe e 1.500 comprimidos de ecstasy para comercialização ilícita no Carnaval.
Ainda como parte das ações, na semana passada foi desmantelado um laboratório de síntese de haxixe na cidade goiana de Valparaíso, Entorno do DF, ocasião em que foram presos cinco traficantes e apreendidos 50 quilos de drogas, 70 comprimidos de ecstasy e 70 selos de LSD.
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