02/03/2019 às 07h54min - Atualizada em 02/03/2019 às 07h54min

Morre no Brasil indígena venezuelano ferido em conflito perto da fronteira brasileira

Kliver Alfredo Pérez Rivero, de 24 anos, estava internado em Boa Vista depois de ser ferido com arma de fogo em confronto entre indígenas pemón da comunidade Kumaracapay e a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) na sexta-feira

METRÓPOLES

 

 

 

Kliver Alfredo Pérez Rivero, de 24 anos, indígena pemón da comunidade Kumaracapay, no sul da Venezuela,estava desde a sexta na unidade de cuidados intensivos do Hospital Geral de Roraimaapós ficar gravemente ferido no incidente violento.

 

Segundo o comunicado da Secretaria Estadual de Saúde de Roraima, divulgado na noite de quarta, Pérez Rivero foi o primeiro ferido nos conflitos na Venezuela a morrer depois de receber atendimento no Estado, situado na fronteira com a Venezuela.

 

Ele "teve lesão no tórax provocada por arma de fogo e no abdômen, com múltiplas lesões no fígado e no intestino. A causa da morte foi falência de múltiplos órgãos", especificou a nota.

 

Alfredo Pérez, de 48 anos, e Geber Pérez Rivero, de 21 anos, respectivamente pai e irmão da vítima, também estão internados no mesmo hospital, após terem sido feridos no incidente.

 

"Estamos muito mal, entre a cruz e a espada", disse por telefone, com a voz embargada, Antonio Vera, tio de Rivero, que se encontra na comunidade Kumaracapay, situada em San Francisco de Yuruaní - onde ocorreu o ataque -, a 83 km da fronteira.

 

A localidade é conhecida por ser oponto de partida da excursão ao mítico monte Roraima. Muitos dos membros da comunidade são guias na caminhada, mundialmente famosa.

 

Os indígenas responsabilizam a GNB por tê-los atacado na sexta-feira, em um incidente que deixou dezenas de feridos, dos quais 22 foram levados de ambulância para ser socorridos no Brasil


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