Kliver Alfredo Pérez Rivero, de 24 anos, indígena pemón da comunidade Kumaracapay, no sul da Venezuela,estava desde a sexta na unidade de cuidados intensivos do Hospital Geral de Roraimaapós ficar gravemente ferido no incidente violento.
Segundo o comunicado da Secretaria Estadual de Saúde de Roraima, divulgado na noite de quarta, Pérez Rivero foi o primeiro ferido nos conflitos na Venezuela a morrer depois de receber atendimento no Estado, situado na fronteira com a Venezuela.
Ele "teve lesão no tórax provocada por arma de fogo e no abdômen, com múltiplas lesões no fígado e no intestino. A causa da morte foi falência de múltiplos órgãos", especificou a nota.
Alfredo Pérez, de 48 anos, e Geber Pérez Rivero, de 21 anos, respectivamente pai e irmão da vítima, também estão internados no mesmo hospital, após terem sido feridos no incidente.
"Estamos muito mal, entre a cruz e a espada", disse por telefone, com a voz embargada, Antonio Vera, tio de Rivero, que se encontra na comunidade Kumaracapay, situada em San Francisco de Yuruaní - onde ocorreu o ataque -, a 83 km da fronteira.
A localidade é conhecida por ser oponto de partida da excursão ao mítico monte Roraima. Muitos dos membros da comunidade são guias na caminhada, mundialmente famosa.
Os indígenas responsabilizam a GNB por tê-los atacado na sexta-feira, em um incidente que deixou dezenas de feridos, dos quais 22 foram levados de ambulância para ser socorridos no Brasil