Dois votos a favor e um contra. Foi com esse placar que o Supremo Tribunal Federal suspendeu nesta quarta-feira, 13, a ação que transfere para a Justiça Eleitoral crimes de Caixa 2. Se a mudança for confirmada, a Lava Jato sofrerá um golpe duro, segundo membros da força-tarefa que investiga corrupção no País.
O primeiro voto para que a Justiça Eleitoral julgue crimes políticos – como corrupção e Caixa 2 – foi do ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo. Ele foi seguido por seu colega Alexandre de Moraes. Votou contra o ministro Edson Fachin.
A votação será retomada nesta quinta-feira, 14. Oito ministros ainda vão se manifestar. A Procuradoria-Geral da República defende que haja divisão, ou seja, que crimes comuns, como corrupção e lavagem, sejam julgados pela Justiça Federal, mesmo que estejam relacionados a fatos eleitorais.
A exemplo de Marco Aurélio e Alexandre, outros quatro ministros manifestaram, ao longo o tempo, a mesma posição. Caso seus entendimentos sejam mantidos, a Lava Jato poderá perder muito do que já foi feito até aqui.