A ré chorou e soluçou muito durante o depoimento, que teve início às 9h35 desta quinta (14) e se estendeu até o fim da manhã. Essa foi a primeira vez que Graciele prestou esclarecimentos publicamente sobre o crime. O único depoimento que deu foi à polícia, em 30 de abril de 2014.
Ao depor na manhã desta quinta (14), a madrasta afirmou que levou Bernardo com ela na viagem a Frederico Westphalen, distante cerca de 430 quilômetros da capital do estado, e que o menino estava muito agitado. Para acalmá-lo, a enfermeira deu cinco doses do medicamento Ritalina para o garoto. “De repente, eu olhei e ele estava encostado, babando… levantei a camiseta dele e vi que não tinha movimento respiratório. Chacoalhei, mexi ele e nada”, lembrou.
Graciele Ugulini afirmou à juíza que a amiga Odilaine Uglione, também ré no caso, queria levar de imediato o garoto, já desacordado, ao hospital para receber atendimento. No entanto, a enfermeira admitiu que preferiu esconder o corpo da criança devido à relação dela com o marido, pai de Bernardo, o médico Leandro Ugulini. “Admito que dissimulei. Tentei de todas formas agir de forma normal para Leandro não desconfiar”, revelou a enfermeira.