O general Paulo Chagas está proibido de usar suas redes sociais – Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp. A ordem, do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, faz parte do cerco ao militar, crítico contumaz aos membros daquela Corte.
Mais cedo, antes que o Sol surgisse por entre as nuvens pesadas que cobrem o Céu de Brasília nesta terça, 16, o apartamento do general, no bairro de Águas Claras, foi alvo de busca e apreensão. Porém, até as 10h47, o bloqueio não havia sido iniciado.
Os agentes da Polícia Federal cumpriram ordem expressa de Alexandre de Moraes. O general está fora de Brasília, para onde deve regressar somente nas próximas 48 horas. Recebidos por uma filha de Paulo Chagas, o grupo da PF levou um notebook e alguns documentos.
Alexandre de Moraes mirou Paulo Chagas por orientação do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo. O argumento é o de que o general propaga, pelas redes sociais, palavras de ordem violentas, pregando “alterações da ordem política e social com grande repercussão entre seguidores’.
Segundo o ministro do Supremo, “em pelo menos uma ocasião o investigado (general Paulo Chagas) defendeu a criação de um Tribunal de Exceção para julgamento dos ministros do STF ou mesmo para substitui-los”.
As críticas de Paulo chagas a uma parcela dos ministros do STF já se tornaram rotineiras. Recentemente, em uma de suas postagens, ele disse que “a pressão popular sobre os ministros do STF está surtindo efeito. Se quem não deve não teme, por que Gilmar Mendes e Toffolli estão tão agressivos? O desespero indica que estamos no caminho da verdade!”, pontuou. E concluiu: “Sustentar o fogo porque a vitória é nossa”.