Tem sido postada nas redes sociais, nos últimos dias, a notícia de que dois Deputados do PT protocolaram na Câmara dos Deputados a PEC 37/2019, que pretende alterar as atribuições do Vice-presidente da República previstas na Constituição Federal. Não tenho percebido uma indignação proporcional à gravidade desse golpe constitucional que está sendo montado contra o governo Bolsonaro. Essa PEC tem como objetivo de fundo impedir que o General Mourão assuma em definitivo a Presidência da República, no caso da vacância do cargo, cujos meandros estão sendo traçados nos bastidores do Legislativo e do Judiciário.
Além da gravidade das consequências desse ato, chama a atenção o fato de diversos componentes do PSL e da base do governo haverem assinado essa PEC, demonstrando o despreparo e a descoordenação do partido; confirmando o conceito de que assinam sem ler qualquer coisa que lhes apresentam nos corredores da casa; reforçando a percepção de que boa parte deles apenas surfou na onda do fenômeno Bolsonaro ou, o que é pior, que já estejam buscando uma forma de encontrar o seu espaço na velha política.
Causa espécie o fato de que alguns desses deputados sejam militares e, o mais grave de tudo, que entre eles haja um General.
Ao perceberem o absurdo do seu ato, talvez pela reação das redes sociais, 10 desses incautos parlamentares, até o dia 21 de maio, tinham corrido para assinar um requerimento de retirada das assinaturas, dos quais alguns já foram recusados.
Uma demonstração inequívoca de que as minhas hipóteses acima estão corretas é que podemos encontrar no site da Câmara, em diversos requerimentos, a mesma inconcebível justificativa: “certamente fui induzido a erro quando fui abordado para assinar essa proposição” e “por não me recordar com exatidão do momento em que assinei, solicito acesso ao documento original em que consta minha assinatura”.
Essa PEC é apenas o complemento um plano diabólico, orquestrado pelos presidentes das duas casas do Congresso Nacional, utilizando como massa de manobra a esquerda e o insaciável “centrão”, no intuito de aprofundar o já desmascarado “parlamentarismo branco” que estão praticando, nas águas da Constituição Cidadã, desde os tempos do Dr. Ulisses Guimarães, e que permaneceu latente em todos os governos pós militarismo, devido à usual prática do toma-lá-dá-cá, uma denominação simbólica do sistema de propinas e cargos em troca de votos importantes.
A estratégia do plano consiste em desacreditar o Presidente perante seus eleitores, devido ao não cumprimento das promessas de campanha; criar obstáculos à administração do orçamento, forçando uma eventual violação à Lei de Responsabilidade Fiscal; e, finalmente, um pedido de impeachment.
No caso de algo dar errado, ainda restam os recursos dos tendenciosos Ministros do STF para validar os procedimentos.
É hora de a sociedade, incluindo os militares e, agora, com o reforço dos briosos caminhoneiros, mostrarem que o engajamento não cessou após as eleições. A manifestação de amanhã, 26 de maio, será uma boa oportunidade de provar a nossa força, mas essa ação não se esgota aí. A cada tentativa de desestabilizar o governo essa força tem que aflorar da população, até que os objetivos de salvação do País estejam concretizados.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS