Um total de 21 estados e o Distrito Federal registraram neste domingo (26) atos em favor do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Os grupos que tomam as ruas defendem propostas como reformas ministeriais e da previdência, além do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro. As manifestações ocorreram em maior número até às 17h (Brasília).
Sediaram atos os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Acre, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Ceará, Espírito Santo,Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Goiás, Sergipe, Tocantins, Paraíba e Roraima, além do Distrito Federal.
Em ato na avenida Paulista, em São Paulo, o senador Major Olímpio (PSL-SP) e deputados do PSL discursaram, de cima do caminhão do Revoltados Online, a favor de Jair Bolsonaro (PSL) neste domingo (26).
"Segundo o Datafolha, eu estou sozinho aqui. Eu não consigo ver o chão [de tanta gente]. Chupa Rede Globo", provocou Olímpio. "É um mar de gente de espontaneidade e de civismo", completou.
No caminhão, havia faixas pedindo o impeachment de Gilmar Mendes e a CPI da Lava Toga. Um tenor cantou o Hino Nacional.
O senador justificou a ausência do presidente nos atos. "Os ministros e Bolsonaro não podiam vir, porque senão iam dizer que ele armou tudo isso."
"Vocês no dia de hoje estão ajudando Bolsonaro a consolidar a transformação do Brasil", disse Olímpio.
Diante do caminhão, uma faixa dizia: "Rodrigo Maia chantagista, o governo não vai se render a você".
Olímpio também criticou alguns políticos. "Candidatos de vários partidos, como DEM e PP, se matavam para ter uma live com Bolsonaro. Hoje sabemos quem são os aliados de verdade", disse.
No Rio de Janeiro, por volta das 11h (Brasília) milhares de pessoas tomavam a orla de Copacabana no ato em apoio ao presidente, que se espalhou por sete quarteirões da Avenida Atlântica. Os manifestantes usavam, em maioria, roupas com as cores e a bandeira do Brasil.
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Na altura do posto 5, diversos carros de som se concentraram, assim como na região da rua Xavier da Silveira. Em seus primeiros momentos, o ato em favor do presidente no Rio de Janeiro acontecia de maneira pacífica.
Além do ato na capital, ainda foram registrados atos em Resende, Volta Redonda e Três Rios no sul do Estado. No interior, ainda de manhã, manifestantes se reuniram próximos à Igreja Nossa Senhora do Rosário, no BR 101.
Já no Norte Fluminense, pessoas se reuniram em Macaé, cerca de 5 mil, e em Campos dos Goytacazes, cerca de 200. Os atos ocorreram pela manhã.
Enquanto grupos de direita se reuniam na manhã deste domingo (26) na praia de Copacabana para manifestar apoio a Jair Bolsonaro (PSL), o presidente compareceu a um culto na Igreja Batista Atitude, no Recreio dos Bandeirantes.
Bolsonaro está no Rio desde sábado (25), quando desembarcou na cidade para ir à cerimônia de casamento do seu filho, o deputado federal Carlos Bolsonaro (PSL-SP).
O presidente chegou à igreja por volta de 11h. Foi muito aplaudido por cerca de 3.800 fiéis. O culto foi ministrado pelo pastor Josué Valandro Júnior, líder da igreja frequentada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.
VÍDEOS
Mesmo convencido a não participar dos atos em defesa do seu mandato, Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais, na manhã deste domingo, vídeos com manifestantes no Rio de Janeiro (RJ), em São Luís (MA) e em Juiz de Fora (MG).
Em um dos vídeos, apoiadores vestidos com roupas verde e amarela caminham na estação de metrô de Copacabana, no Rio, entoando grito de guerra que se popularizou das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.
Algumas centenas de pessoas se concentram na manhã em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, na manifestação convocada em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Muitos dos apoiadores vestem camisas da seleção brasileira e trazem cartazes em apoio à reforma da Previdência e ao projeto de lei de endurecimento de penas do ministro Sergio Moro, o chamado pacote anticrime.
O centrão também é um dos alvos dos manifestantes. De um dos carros de som em frente ao Congresso, um dos organizadores do ato gritou: "Fora centrão, bando de ladrão."
Outro manifestante trouxe uma faixa acusando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de "boicote" às reformas do governo Bolsonaro.
"Maia & centrão & esquerdistas & MBL boicotam as reformas de crescimento do Brasil", diz a faixa.
"Se gritar pega centrão, não fica um meu irmão", "não é corte, é contingência", "Brasil acima de tudo, STF abaixo de todos" e "respeitem meu presidente" são algumas das frases nas faixas exibidas na praça da Liberdade, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Manifestantes já enchiam o local antes mesmo do horário marcado para o protesto a favor do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Em um carro de som, um organizador diz que o ato começaria às 10h30 e que os manifestantes farão uma contagem até 17. Na hora do 13 (número do PT), a ordem é que fiquem todos calados. Na hora do 17, os manifestantes soltarão balões verde e amarelo.
Camisetas do Brasil e com as cores verde e amarelo são a marca do protesto até aqui. As bandeiras do Brasil aparecem na forma tradicional, mas também estão sendo vendidas com escudos dos times de futebol Cruzeiro e Atlético-MG.
O ato a favor do governo Bolsonaro terminou com a saída dos carros de som, por volta das 13h30. Manifestantes queriam seguir, mas do alto do carro de som avisaram que o tempo contratado havia terminado.
Segundo organizadores, cerca de 30 mil pessoas se reuniram na praça da Liberdade neste domingo (26). A Polícia Militar não passa estimativas.
Com o começo da dispersão, alguns carros seguiram dando voltas na praça. Um deles liderou uma multidão ao som do hino nacional -tocado vários vezes durante o ato.
Outro, alternava músicas conhecidas da época de campanha como "O mito chegou" com "Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Moro", no tom de cantos de estádios de futebol.
Ao fim do ato, alguns manifestantes seguem na praça da Liberdade.
Se a intenção do ato a favor do presidente Jair Bolsonaro (PSL) era medir forças com o protesto contra os cortes na educação no último dia 15, pelo menos em Salvador a manifestação de apoio ao governo começou tímida.
Marcada para começar as 9h30 no Farol da Barra, bairro de elite de Salvador. capita da Bahia, que ficou marcado como reduto bolsonarista, uma hora depois de começar, ato sequer havia preenchido totalmente o largo em frente a um dos cartões postais mais famosos da capital baiana.
Com a presença de um trio-elétrico, a manifestação começou com um culto evangélico "para espantar o mal do Brasil", seguido de uma apresentação de pagode que tinha como refrão o verso "levanta, soldado, enfrenta o perigo, força capitão", composta à época em que o então presidenciável levou uma facada.
Entre as principais bandeiras defendidas pelos manifestantes, estão a aprovação da reforma da previdência, dos pacotes anticrime e anti-corrupção do ministro Sérgio Moro, e da Medida Provisória 870, que pauta a Reforma Administrativa.
Também foi alvo dos manifestantes o "centrão" bloco informal associado à "velha política", que reúne cerca de 200 dos 513 deputados de partidos como PP, DEM, PRB, MDB e Solidariedade, além os partidos de esquerda, sobretudo o PT.
A Polícia Militar estimou entre 10 mil a 15 mil os manifestantes que foram às ruas em Belém em ato a favor do presidente Jair Bolsonaro. A frente Endireita Pará, responsável pela organização do protesto, disse que 20 mil teriam participado.
Após concentração na Escadinha do Comércio, os participantes percorreram por três horas as avenidas Presidente Vargas, Nazaré e Doca de Souza Franco, no Umarizal, onde o ato dispersou, por volta das 12h30.
O ato não teve registros de ocorrências ou confrontos. Durante a caminhada, os participantes oraram e cantaram o Hino Nacional e o jingle da campanha de Bolsonaro à presidência.
Em cartazes caseiros, faixas pintadas e plotagens, mensagens davam apoio à Reforma da Previdência, às políticas anticrime de Sérgio Moro e também pediam apoio do Congresso Nacional às propostas de Bolsonaro.
Na orla da praia de Boa Viagem, em Recife, centenas de manifestantes ocupam mais de dois quarteirões, neste domingo (26), com oito trios elétricos um deles toca a banda de brega Sedutora, famosa na capital pernambucana.
A organização fala em milhares de pessoas vestidas com camisa da seleção brasileira, verde e amarela ou pretas e brancas com o rosto do presidente. Eles apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e gritam "Fora Maia" e "Fora Paulo Câmara" (governador do Estado).
Por duas vezes, em menos de uma hora eles pararam para rezar o pai nosso e pedir a Deus para abençoar Bolsonaro. "Votamos em Bolsonaro porque acreditamos nas pautas que ele defendeu durante a campanha e o Congresso está travando essas pautas", disse a mulher em um dos trios que se intitulava liderança feminina do Estado.
A maioria carregava bandeiras do Brasil, mas alguns levavam cartazes que pediam aprovação da Reforma da Previdência e do Pacote Anticrime, assim como davam recados: "Eu não sou fake"; "A direita tá na luta, quem for contra a gente chuta".