17/06/2019 às 06h51min - Atualizada em 17/06/2019 às 06h51min

Saída de Levy pode explicar dinheiro ‘doado’ por Lula

Ao pedir demissão neste domingo, 16, da presidência do BNDES, Joaquim Levy até pode ter se livrado de uma frigideira – termo usado para definir uma autoridade que está prestes a ser demitida. Mas corre o risco de sair chamuscado na CPI que investiga os repasses feitos pelo banco aos governos de Cuba e Venezuela nas administrações do PT de Lula e Dilma, além de outros ou três países africanos.

Foram bilhões de dólares emprestados para investimentos em infraestrutura que aqueles países dizem não ter condições de pagar. Na linguagem popular, calote. E o presidente Jair Bolsonaro, ao aceitar colocar o economista no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,  só fez uma recomendação: que a caixa-preta fosse aberta.

A maior parte desses volumosos empréstimos foi destinada aos regimes de Hugo Chávez e dos irmãos Fidel e Raúl Castro, que comandavam à época dos governos de Lula e Dilma os regimes venezuelano e cubano. E só mesmo uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que já está em andamento no Congresso Nacional, pode esclarecer muitos fatos.

A convocação de Levy à CPI será feita nesta segunda ou, no m ais tardar, na terça, 18. A decisão de ouvir o depoimento do demissionário presidente do BNDES partiu do deputado José Neto, do Podemos de Goiás. Para garantir a convocação, ele começou a articular com outros partidos – como Cidadania, ex-PPS, e o PSL do próprio Bolsonaro.

Sabe-se que o dinheiro saiu do Brasil, via BNDES. Foram bilhões de dólares. Também é do conhecimento público que muitas das obras tocadas naqueles países ficaram a cargo da Odebrecht, envolvida até o pescoço na Operação Lava Jato. A demissão de Levy, portanto, não é vista apenas como ‘vida que se segue’, mas sim, que passos form dados para permitir que essa vida seguisse. E em que condições.


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