O brasil segue refém de um enorme grupo de bandidos corruptos, protegidos por vassalos de toga, todos amparados por uma Constituição Federal viciada, remendada, que nasceu de um estupro praticado por um grupo de anistiados vingadores que, para esconder suas verdadeiras intenções corporativas e parlamentaristas, deram à colcha de retalhos que produziram a alcunha de “Constituição Cidadã”, sendo eles os únicos “cidadãos” que dela se beneficiam até hoje, alterando-a quando e como lhes convier.
Não é à toa que já amargamos 105 emendas, além de mais de 1.700 propostas que tramitam no Congresso Nacional, para alterar seus 250 artigos, em 30 anos, enquanto a Constituição americana tem 7 artigos e 27 emendas em 230 anos.
A Constituição atual, que pretendia ser um marco civilizatório para a sociedade, perpetrando a evolução social e erradicando a fome e a miséria, nada mais fez senão aprofundá-las, tronando-se a raiz da impunidade que perpetua a corrupção no País.
O banditismo praticado pelas duas cabeças da sucuri parece não conhecer limites. Está claro que as reformas para resgatar o País, especialmente o projeto anticrime, jamais prosperarão na medida necessária, enquanto os poderes apodrecidos predominarem sobre os agentes reformadores.
A Suprema Corte, que deveria ser sua guardiã, a agride e manipula ao bel prazer, agindo como vassalos de seus mestres, quase sempre em benefício de comparsas, sejam eles políticos ou empresários. Nunca é demais relembrar que seus capatazes (ex-presidentes) estão todos presos, em vias de prisão ou protegidos por armaduras jurídicas.
A essência da Constituição reza que o poder emana do povo. Esse povo pronunciou-se duas vezes, em 1963 e em 1993, sobre o regime de governo que melhor o representa, escolhendo o presidencialismo. Ainda assim, não cessam as tentativas de burlar esse anseio popular.
Não se pode aceitar que um Presidente que obteve 57 milhões e 800 mil votos, em um país presidencialista, permaneça refém de um deputado eleito com 74 mil e 232 votos e um senador com 131 mil e 695, ambos com processos contra si na justiça, liderando uma corja de bandidos que, ignorando os anseios daqueles que os elegeram, praticam apenas a ganância, legislando em causa própria para aumentar seu patrimônio e suas regalias, ou para livrar-se dos 791 processos na Justiça, sendo 644 de deputados federais e 147 de senadores, em exercício, protegidos pela “impunidade parlamentar”, pelo foro privilegiado e pela mixórdia em que se transformou a Suprema Corte. Vale ressaltar que são ações e inquéritos envolvendo improbidade administrativa, corrupção, formação de quadrilha, peculato, etc.
Assim, já que a atual CF, além de desfigurada, está subordinada a um plenário que derruba qualquer emenda que não os privilegie, urge o estabelecimento de uma nova Carta Magna.
O Art. 14 da CF diz que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Segundo juristas, “se todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva, para repactuar a sociedade e o Estado brasileiros, poderia ser feita pelos chefes do Poder Executivo, Judiciário ou Legislativo, sujeita a referendo popular, nos termos do art. 14, inciso II da atual Constituição Federal e artigo 1º, inciso II da lei 9.709/98, exclusivamente para elaborar e promulgar a nova Constituição brasileira, com mandato por prazo certo”.
O que estamos esperando? Vamos exigir nas ruas, nas redes sociais e em todas as ferramentas disponíveis, para que este nosso brado de justiça chegue ao conhecimento daqueles protagonistas institucionais que ainda querem salvar o Brasil.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS
