29/06/2019 às 06h24min - Atualizada em 29/06/2019 às 06h24min

Após denúncia do Metrópoles, MPC-DF investiga chefe de gabinete da TCB

Chefe de gabinete emplacou três filhas na empresa: duas como estagiárias e a terceira como secretária, que é alvo de sindicância

Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF)decidiu investigar a contratação de familiares da chefe de gabinete da presidência da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), Francisca Cristina Pereira da Costa. O Metrópoles revelou que, nos quatro anos como servidora, três filhas dela passaram pela empresa pública em diferentes funções no órgão: duas como estagiárias e a terceira como secretária.

Segundo o procurador-geral do MPC-DF, Marcos Felipe Pinheiro Lima (foto em destaque), o caso será apurado pela 1ª Procuradoria do órgão. Um outro alvo do MPC será o suposto uso irregular do cartão de vale-transporte por uma das filhas, fato que gerou sindicância dentro do Transporte Urbano do DF (DFTrans). Ela já está desligada da TCB há pelo menos dois anos. O processo corre sob sigilo na autarquia que controla a distribuição dos bilhetes do sistema de mobilidade urbana.

Documentação obtida pela reportagem mostra que as herdeiras de Francisca Cristina aparecem na lista de beneficiárias da TCB, no mesmo período em que ela participou ativamente das decisões administrativas da empresa.

Ex-funcionária, Brenda Cássia Pereira Almeida ocupava o cargo de secretária de apoio da diretoria financeira da entidade. Pelas atividades, era remunerada em R$ 1.175,67 mensais, além de benefícios. As outras duas filhas foram contempladas e conseguiram a função de “jovens aprendizes” sem participar de processo seletivo, no mesmo local de trabalho da mãe.

Colaboração

Ao Metrópoles, o presidente da TCB, Chancerley de Melo Santana, afirmou que a empresa está “à disposição das autoridades públicas para colaborar com toda e qualquer apuração que se fizer necessária”. De acordo com o gestor, as denúncias se relacionam a um período anterior à atual gestão.

Ainda segundo Santana, a prática era aceita anteriormente como forma de “beneficiar indiretamente” os servidores na ativa. “Não posso responder por outros gestores, mas sob o meu comando temos modernizado a empresa e criado um novo ambiente, com transparência e muita eficácia”, disse à coluna.

 


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