10/07/2019 às 07h55min - Atualizada em 10/07/2019 às 07h55min
GREENWALD E OS 40 ADVOGADOS
Apesar de a Polícia Federal não tratar o ativista de esquerda Gleen Greenwald como investigado, o dono do site Intercept se encontrou nesta terça-feira (09/07) com 40 advogados
O objetivo é tentar blindá-lo de um possível processo, por causa dos ataques sem provas que vem fazendo a membros da Lava Jato.
A estratégia oficial é dizer que o ativista seria um “perseguido pelo Estado”.
Esse país não é para amadores.
Interessante como, depois de tentar assassinar a reputação de Sérgio Moro, sem facadas ou tiros —mas com denúncias sem provas— apareceram 40 caríssimos advogados para defendê-lo.
Mas não foi possível identificar quem estaria custeando as despesas da assessoria jurídica, pois segundo informações, todos os 40 advogados seriam “voluntários”.
ENTENDA O CASO
Gleen Greenwald é um advogado norte-americano que ficou conhecido mundialmente por ter defendido um neonazista em nome da liberdade de expressão, e também por ter ganhado um prêmio de jornalismo depois de divulgar informações confidenciais do serviço secreto dos Estados Unidos.
O companheiro de Greenwald, David Miranda, era o 1o suplente do então deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Miranda assumiu a vaga abandonada por Wyllys, e Greenwald veio morar no Brasil.
Poucos meses depois, Greenwald passou a usar seu site, The Intercept, para acusar Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol de terem sido parciais na condução da Lava Jato. Para isso, usou supostas mensagens roubadas (por hackers) dos celulares de procuradores da Força-tarefa.
A FORÇA TAREFA
Segundo Greenwald, a maneira de atuar dos membros da Lava Jato teria prejudicado os investigados da força tarefa. Inclusive o ex-presidente Lula (PT-SP).
Recapitulando: a Lava Jato investigou quase 300 pessoas, entre doleiros e empreiteiros milionários, além de políticos poderosos de mais de dez partidos diferentes. Ao todo, 167 pessoas foram condenadas, inclusive governadores, senadores, deputados, ministros de Estado e tesoureiros de partidos.
ESCÂNDALO POLÍTICO
Ao acusar Moro de parcialidade, Greenwald se expôs e chamou a atenção dos observadores políticos.
Ao não fornecer provas das denúncias que vinha fazendo, alegando o”sigilo da fonte” do código de ética do jornalista, o dono do Intercept levantou a suspeita de estar blefando.
Pior: cometeu vários erros ao publicar e depois editar supostas mensagens trocadas por membros da força tarefa, como datas (outubro de 2019) e sobrenomes trocados.
COMPRA DE MANDATO
Foi então que surgiu um suposto hacker se apresentando nas redes sociais com o codinome “Pavão Misterioso”, divulgando denúncias gravíssimas contra Greenwald e seu companheiro, com prints de supostas mensagens trocadas por eles e também por Wyllys e outras pessoas ligadas a eles.
Conforme as denúncias, também obtidas por supostas mensagens copiadas dos celulares dos envolvidos, Greenwald teria dado dinheiro a Jean Wyllys para que Miranda —seu suplente de deputado— pudesse assumir a vaga.
Wyllys, que deixou o Brasil alegando sofrer ameaças, estaria vivendo na Europa às custas de Greenwald e Miranda. Mas, de acordo com as mensagens divulgadas pelo “Pavão”, reclama do atraso das “parcelas”