11/07/2019 às 18h21min - Atualizada em 11/07/2019 às 18h21min

Operação Mão Dupla procura 7 por organização criminosa no DNIT de Rondônia

Segundo a Assessoria de Comunicação da Controladoria, o esquema envolve empresa e consórcio que executavam serviços de pavimentação asfáltica, além de agentes públicos.

Força-tarefa da Controladoria-Geral da União Polícia Federal Procuradoria deflagrou nesta quarta, 10, aOperação Mão Dupla, para desarticular organização criminosa supostamente instalada no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte de Rondônia (DNIT/RO) .

 

Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão6 de prisão preventiva um de prisão temporáriaem Rondônia e no Acre . A ação conta com a participação de servidores da CGU durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

 

Segundo a Assessoria de Comunicação da Controladoria, o esquema envolve empresa e consórcio que executavam serviços de pavimentação asfáltica, além de agentes públicos.

 

Os pagamentos referentes às despesas das obras eram autorizados integramente pelo DNIT, ‘sem ajustes ou correções nas medições, mesmo havendo prévio aviso sobre irregularidades existentes’.

 

Operação Mão Dupla descobriu trechos com previsão de 2cm de altura de manta asfáltica para os quais foram pagos valores correspondentes a 25cm, ou seja, o equivalente a 12,5 vezes mais do que o executado.

 

Em apenas um contrato vigente em Rondônia, a Controladoria constatou prejuízo superior a R$ 10 milhões.

 

Nos últimos 4 anos, a soma dos contratos firmados entre a empresa e o consórcio alvos da operação com as superintendências estaduais e com a sede nacional do DNIT supera o montante de R$ 3,5 bilhões.

 

No mapa disponibilizado pela CGU, é possível conferir esse detalhamento, por estado – valores indicados em milhões de reais:

 

 

Programas CREMA e PATO

As fontes dos recursos que estão sendo investigados são do Contrato de Recuperação e Manutenção Rodoviária (CREMA) e do Programa Anual de Trabalho e Orçamento (PATO).

 

Segundo a Controladoria, o DNIT informou que o Contrato de Recuperação e Manutenção Rodoviária assegura a preservação das boas condições da rodovia por um prazo de dois anos – CREMA 1.ª etapa – ou de cinco anos – CREMA 2.ª etapa.

 

No primeiro ano de contrato, as empresas devem realizar intervenções no pavimento da pista e nos acostamentos, além da recuperação da sinalização horizontal.

 

Nos anos seguintes, as firmas continuam responsáveis pela manutenção da via, incluindo serviços de remendos, selagem de trincas e conservação rotineira da faixa de domínio.

 

Nesse sentido, as empresas devem refazer, sem qualquer custo adicional, os serviços executados que não tenham atingido a qualidade ou o desempenho previsto em contrato.

 

As contratadas por este tipo de programa têm metas a cumprir para que as rodovias garantam segurança e conforto aos usuários. Com as soluções objeto do programa CREMA 2.ª etapa, a vida útil das rodovias deve chegar a 10 anos.

 

Por sua vez, o Programa Anual de Trabalho e Orçamento (PATO-ETAPA) é elaborado em caso de prorrogação contratual para a nova fase a ser executada.

 

Deve contemplar os serviços, as quantidades estimadas e os custos, visando à constituição de elementos para análise da vantagem da prorrogação de prazo.

 

COM A PALAVRA, O DNIT

 

A reportagem fez contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte. O espaço está aberto para manifestação.

 

Nos últimos 4 anos, a soma dos contratos firmados entre a empresa e o consórcio alvos da operação com as superintendências estaduais e com a sede nacional do DNIT supera o montante de R$ 3,5 bilhões.


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